Prezado usuário, este portal não é compatível com o navegador Internet Explorer ou outros navegadores antigos.

Recomenda-se o uso de versões atualizadas dos navegadores Google Chrome, Microsoft Edge ou Mozilla Firefox.

Imprensa

TCU apresenta planejamento de auditoria internacional para reduzir riscos de desastres climáticos

Tribunal realizou painel de referência para apresentar planejamento de auditoria cooperativa internacional sobre mudanças climáticas e redução de riscos de desastres
Por Secom TCU
07/05/2024

Categorias

  • Gestão Ambiental
  • Urbanismo

O Tribunal de Contas da União (TCU) apresentou, na última sexta-feira (3/5), a matriz de planejamento da auditoria cooperativa internacional sobre mudanças climáticas e redução de riscos de desastres a diferentes segmentos sociais. O painel de referência, realizado de forma on-line, teve como objetivo reunir representantes da sociedade, como órgãos e instituições do governo, representantes da sociedade civil, universidades, entre outros, para ouvir críticas e sugestões para o aperfeiçoamento da auditoria.

A fiscalização faz parte de ação desenvolvida pela Intosai Development Initiative (IDI), órgão da Organização Internacional das Instituições Superiores de Controle (Intosai) que apoia o crescimento da capacidade das instituições superiores de controle (ISC) nos países em desenvolvimento. Outras ISC do mundo também realizarão fiscalização com o mesmo tema.

A abordagem do tema se faz muito necessária atualmente. São cada vez mais frequentes situações como a que assola o Rio Grande do Sul nos últimos dias, com temporais e alagamentos que já causaram a morte de mais de 80 pessoas e desalojaram outras milhares por todo o estado. Na abertura do painel, a auditora-chefe da Unidade de Auditoria Especializada em Infraestrutura Urbana e Hídrica (AudUrbana), Keyla Boaventura, manifestou solidariedade ao povo gaúcho e salientou a necessidade de auditorias que assegurem que recursos públicos sejam bem utilizados na prevenção, mitigação dos danos e na reestruturação de locais afetados por desastres climáticos.

“O TCU está sempre atento aos riscos de desastres. Temos uma diretoria específica que acompanha as obras de prevenção, respostas e recuperação por parte da Defesa Civil. No ano passado, o TCU julgou processo sobre desastres climáticos nos estados da Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Pernambuco e Rio de Janeiro. O objetivo foi identificar o procedimento adotado pela Defesa Civil nacional em apoio aos municípios para poder aprimorar as transferências de recursos e melhorar as plataformas de alerta para que a população que vive em área de risco seja avisada e consiga deixar aquela área antes de um desastre. Queremos também facilitar a forma com que os municípios solicitam os recursos, porque hoje ainda é um pouco burocrática”, resumiu Keyla Boaventura.

 

Matriz de planejamento

A apresentação da matriz de planejamento ficou sob responsabilidade do auditor-chefe adjunto da AudUrbana, Rommel Brandão. O servidor esclareceu como os convidados poderiam contribuir com a auditoria, além de apresentar os métodos, objetivos e a forma de desenvolvimento da fiscalização global.

“Embora o TCU tenha vários trabalhos anteriores na parte de gestão de desastres, a gente nunca tinha feito a abordagem das mudanças climáticas, o que será um desafio para a gente se apropriar desse tema, aprender coisas novas e aplicar aquilo que a gente já vinha trabalhando”, explicou ao lembrar que uma das razões da auditoria cooperativa internacional é induzir a implementação de ações voltadas ao atendimento dos compromissos climáticos internacionais.

A auditoria, de acordo com a matriz apresentada por Rommel Brandão, se baseará em cinco questões principais. São elas:

  • Como é promovida a integração da Política Nacional de Proteção e Defesa Civil (PNPDEC) com a Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC)?
  • Como é implementada a gestão de riscos de desastres no âmbito da PNPDEC?
  • Os recursos alocados para gestão de riscos de desastres são suficientes e possuem distribuição equitativa/inclusiva?
  • As ações de adaptação às mudanças climáticas adotadas no âmbito da PNPDEC são eficazes em reduzir os riscos de desastres?
  • As ações adotadas pelo governo brasileiro conduzem o atendimento de compromissos climáticos internacionais relacionados com a redução do risco de desastres?

O auditor-chefe adjunto lembrou que as questões principais têm desdobramentos e que alguns deles podem ser respondidos rapidamente por meio de pesquisas durante a auditoria, mas que estariam presentes no documento para dar mais possibilidades de contribuições na matriz de planejamento. “Parte das perguntas a gente consegue responder pela leitura dos documentos. Mas mantemos aqui porque podemos partir para novos questionamentos a partir delas”, disse.

Participação dos convidados

Após a apresentação do planejamento da auditoria, os convidados puderam contribuir com sugestões, críticas e com exposição de experiências passadas com desastres climáticos. Participaram representantes do Ministério das Cidades; do Ministério do Meio Ambiente; da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec); da Controladoria-Geral da União (CGU); da Consultoria Legislativa da Câmara dos Deputados; da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ); do Escritório das Nações Unidas para Redução de Riscos de Desastres (UNDRR); da organização Governos Locais pela Sustentabilidade (ICLEI); e da Comissão de Vítimas das Tragédias da Região Serrana do Estado do Rio de Janeiro.

Secom – TR/rt

Atendimento ao cidadão - e-mail: ouvidoria@tcu.gov.br

Atendimento à imprensa - e-mail: imprensa@tcu.gov.br

Acompanhe o TCU pelo Twitter e pelo Facebook. Para reclamações sobre uso irregular de recursos públicos federais, entre em contato com a Ouvidoria do TCU, clique aqui ou ligue para 0800-6442300