Museu do Tribunal de Contas da União
Min Alfredo de Vilhena Valladão (1915-1935)
O ministro Alfredo de Vilhena Valladão nasceu em Campanha (MG), em 11 de setembro de 1873. Filho do ex-senador da República Manuel Inácio Gomes Valadão e Maria Amália de Vilhena Valadão, foi um jornalista, advogado, professor e um dos grandes juristas brasileiros da primeira metade do século XX.
Formou-se Bacharel em Ciências Jurídicas pela Faculdade de Direito de São Paulo em 1894 e Bacharel em Ciências Sociais pela mesma faculdade em 1895. Exerceu a advocacia em cidades do interior de Minas Gerais, como Varginha e Três Pontas, até se mudar para a capital mineira em 1903.
Em 1904 publicou Rios públicos e particulares, obra jurídica que o imputou de organizar o Código de Águas que viria a ser promulgado por meio do Decreto nº 26.643, trinta anos depois. Já em 1905 muda-se para a capital da República onde exerceria o cargo de representante do Ministério Público no recém-criado Tribunal de Contas, cargo que manteve até 1915.
Em 1914 tornou-se professor de Direito Judiciário Civil na Faculdade de Direito de Minas Gerais e de Direito na Universidade do Rio de Janeiro, e um ano depois foi nomeado ministro do Tribunal onde ficou por 20 anos, até sua aposentadoria em 1935.
Foi membro ativo do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro desde 1912, participando de importantes congressos, como o I Congresso de História Nacional e o Congresso de História da América. Publicou diversas obras jurídicas e históricas como: O direito comercial em face do projeto do Código Civil: unificação do direito privado (1902), Bases para o Código das Águas da República (1907), Campanha da princesa: estudo histórico (1912), Tentativa de golpe de Estado: a constituição de Pouso Alegre (1914), Direito das águas (1913), Vultos nacionais (1955) e Brasil e Chile na época do Império (1959).
Devido a sua importância dentro da história do Brasil e do continente sul-americano, foi agraciado com diversas comendas, como a inscrição de seu nome no Livro do Mérito, a Ordem da Inconfidência de Minas Gerais e de Grande Oficial da Ordem do Mérito do Chile.
Foi casado com Maria Isabel dos Reis Teixeira e seu filho, Haroldo Teixeira Valadão, foi consultor-geral da República de 1947 a 1950 e procurador-geral da República em 1967. Depois de um longo período de enfermidade, veio a falecer na Casa de Saúde de São Sebastião, no bairro do Catete em 17 de novembro de 1959, aos 86 anos.