Museu do Tribunal de Contas da União
Min. Arthur Álvaro Ewerton (1905-1913)
O ministro Arthur Álvaro Ewerton nasceu 20 de fevereiro de 1862. Sua biografia, apesar de reduzida, reflete a dedicação que sempre dispensou ao serviço público brasileiro, visto que atuou em diversas frentes e regiões do país.
Para além do fato de ter sido funcionário de carreira do Ministério da Fazenda, atuando como segundo-escriturário do Tesouro Federal. Ainda foi nomeado, em outubro de 1892, para o cargo de terceiro-escriturário da alfândega do estado do Pará, tendo antes ocupado a mesma função no Rio de Janeiro. Posteriormente, tornou-se inspetor da Caixa de Amortização e também em 1901 foi nomeado oficial de gabinete do Ministro da Fazenda, que à época configurava-se sob a pessoa de Joaquim Murtinho no governo de Campos Salles.
Aos 43 anos tomou posse de um posto de amplo prestígio nesta Casa, como ministro em 2 de outubro de 1905, desempenhando honrado papel na Corte de Contas. Enquanto atuava no Tribunal de Contas, exerceu seu trabalho com argúcia e presteza, contribuindo ativamente durante seus oito anos de serviço. Ajudou o Tribunal a desempenhar seu papel fiscalizador, realizando com seus pares o exame prévio de atos da administração pública sobre arrecadação e receita. Nos relatos de atas encontram-se descritas suas funções mais corriqueiras, nos quais seu nome esteve vinculado à relatoria de processos de tomada e tratamentos de contas, de prestação e do levantamento de fianças, aposentadoria e concessão.
Também contribuiu com relatorias de assuntos do Ministério da Justiça e Negócios Interiores, com o Ministério da Indústria, Viação e Obras Públicas. Encarregou-se de ajudar na composição da Comissão Diretora de um concurso, em setembro de 1912, para provimento da vaga de quarto-escriturário, nomeado pelo próprio presidente da Casa, Dídimo da Veiga, tendo como subdiretor Luiz Ribeiro Rosado. Trabalhou na comissão e foi elogiado pela sua atuação na avaliação dos candidatos que foram submetidos ao exame. Fora do Tribunal também exerceu seus compromissos de cidadão como quando, em janeiro de 1906, em nota pelo Diário Oficial, foi qualificado para servir de jurado para o Estado brasileiro.
Foi contemporâneo de ilustres nomes ligados à história do Tribunal de Contas como Dídimo da Veiga, Viveiros de Castro e Thomas Cochrane. Em 8 de abril de 1914, o ministro da Fazenda em exercício assinou o título de aposentaria de Arthur Álvaro Ewerton, encerrando assim sua carreira no Tribunal.
Casou-se com Rosa Elisa Coelho Ewerton com quem teve dois filhos. O emérito ministro faleceu em 13 de setembro de 1921.