Museu do Tribunal de Contas da União
Min Francisco José da Rocha (1897-1898)
O ministro Francisco José da Rocha nasceu em 10 de fevereiro de 1832, na cidade de Salvador, Bahia. Foi um importante advogado, jornalista e político baiano, cuja trajetória o levou ao cargo de ministro do Tribunal de Contas.
Realizou seus estudos na antiga Faculdade de Direito de Olinda, tornando-se, ainda muito jovem, bacharel em Ciências Sociais e Jurídicas, no ano de 1852. A este tempo já exercia atividades de jornalista e tornou-se o primeiro proprietário e fundador do Jornal da Bahia, em 1853.
No mesmo ano, iniciou sua carreira política ao tornar-se deputado provincial na província da Bahia, cargo que exerceu até o ano de 1969. Foi em seguida diretor-geral da Instrução Pública, quando criou escolas noturnas e batalhou pelo ensino obrigatório.
Em 1870 tornou-se vice-presidente da província da Bahia e, em 1871, na condição de presidente interino, executou a famosa lei que libertava o ventre escravo. Em 1877, retornou ao legislativo, agora na condição de deputado-geral pelo estado da Bahia.
Nos anos seguintes, começou a trilhar um caminho distinto na sua carreira profissional ao assumir a direção da Caixa Econômica. Em seguida, tornou-se presidente da diretoria do Banco da Bahia.
Entre os anos de 1885 e 1888 retomou sua carreira política exerceu o cargo de presidente dpa Província de Santa Catarina.
Após esse período trabalhou como diretor da seção de Estatística do Tesouro Nacional e diretor das Rendas Públicas do Tesouro Federal até o ano 1894. No mesmo ano foi nomeado representante do ministério público no Tribunal de Contas, na vaga do ministro Dídimo Agapito da Veiga.
Tornou-se ministro do Tribunal em 1897 sem substituir nenhuma outra autoridade, apenas em razão da mudança de legislação, que transformou sua vaga em uma vaga específica de ministro.
O ministro Francisco José da Rocha deixou os seguintes trabalhos publicados ao longo de sua vida: Visita de Sua Majestade Imperial, o sr. Dom Pedro II, à Cachoeira de Paulo Affonso – 1860; Relatório de Instrução Pública da Província da Bahia – 1871; Sociedades em Comandita, segundo o Código Comercial do Império do Brasil – 1884; Sociedades em Comandita por ações – 1885; Relatório apresentado à Assembleia Legislativa da Província de Santa Catarina, Desterro, atual Florianópolis – 1886.
Recebeu as condecorações de Cavaleiro da Ordem da Rosa e Comendador da Ordem Portuguesa de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa. Faleceu ainda no exercício do cargo de ministro do Tribunal de Contas, no ano de 1897.