Museu do Tribunal de Contas da União
Min. João Agripino Maia Filho (1971-1974)
João Agripino Filho nasceu no sítio Cachoeira, município Brejo da Cruz (PB), em 1º de março de 1914, filho de João Agripino de Vasconcellos Maia e de Angelina Mariz Maia.
Fez seus estudos elementares em sua cidade natal e os primeiros anos do secundário em Mossoró (RN). Em 1932 fez concurso para professor primário estadual lecionando por um curto período em Catolé do Rocha (PB). Exonerou-se do magistério e concluiu o secundário em João Pessoa. Foi procurador da Prefeitura de Brejo do Cruz e adjunto de promotor entre 1934 e 1937. Graduou-se bacharel em Direito em 1937, na Faculdade de Direito de Recife. Em seus anos de estudante universitário, integrou o movimento estudantil que fazia oposição a Plínio Salgado, à Ação Integralista Brasileira e ao nazi-fascismo.
Nos primeiros anos de carreira profissional, antes de se dedicar integralmente à vida política, advogou pelas causas dos menos favorecidos da região. Contou com quatro mandatos de deputado federal, um de senador da República e um de Governador – todos como representante do estado da Paraíba. Passou oito anos advogando em função das disputas políticas regionais e também pela conjuntura do Estado Novo. Entre 1937 e 1938, foi promotor público em Jardim do Seridó (RN) e, de 1938 até 1945, promotor fiscal em Brejo do Cruz.
Em 1945, João Agripino lançou candidatura pela União Democrática Nacional (UDN), partido que ajudou a fundar. Nesse ano, foi presidente do Diretório Regional do mesmo partido e eleito deputado constituinte pelo estado da Paraíba. Nas três eleições seguintes, em 1950, 1954 e 1958, também foi eleito deputado federal da Paraíba.
No ano de 1960, quando ocupou a função de líder do diretório paraibano da UDN, foi um dos articuladores da campanha de Jânio Quadros à presidência da República. No ano seguinte, quando foi criado o Ministério de Minas e Energia, foi o primeiro a assumir sua pasta – cargo que ocupou durante o curto governo de Quadros, durante seis meses. Em 1962, elegeu-se como senador por seu estado. Em 1971, foi diretor do Banco Industrial de Campina Grande e, em setembro do mesmo ano, foi indicado pelo presidente Emílio Médici para o cargo de ministro do Tribunal de Contas da União (TCU). Em 1973, ocupou o cargo da presidência do TCU.
Aposentou-se em 1974, após mais de 30 anos de serviço público. No primeiro dia depois de encerradas suas atividades como ministro, inaugurou a creche para filhos de servidores da casa. João Agripino voltaria ao ramo empresarial, assumindo o cargo de diretor-presidente da construtora civil Camargo Correia, em São Paulo. Também atuou como diretor-proprietário da Tribuna do Povo de João Pessoa.
João Agripino faleceu aos 74 anos de idade, no ano de 1988. Deixou sete filhos, cinco com sua primeira esposa, Maria Lourdes Bonavides Maia e outros dois filhos de seu casamento com Sônia Maria Borborema Agripino.