Museu do Tribunal de Contas da União
Min. João Batista Miranda (1983)
O ministro João Batista Miranda nasceu em Lajinha do Chalé, atual Lajinha, em Minas Gerais, no dia 4 de abril de 1920, filho do agricultor João Batista Miranda e de Emerentina Avelino de Miranda.
Mudou-se para Carangola (MG), onde realizou seus estudos secundários. Em 1947 bacharelou-se pela Faculdade de Direito da Universidade de Minas Gerais (UMG). Em 1948, após deixar a faculdade, passou a atuar como advogado na capital mineira.
Em 1950 concorreu como candidato a deputado estadual pela legenda da União Democrática Nacional (UDN) e obteve apenas uma suplência durante esse período, exercendo o mandato em duas oportunidades. Ainda em 1950 foi admitido como professor de História do Brasil na Faculdade de Filosofia da Universidade Federal de Minas Gerais, onde permaneceu até 1953. Em 1954 foi novamente candidato pela UDN, mais uma vez conquistou a suplência e exerceu o mandato por mais duas vezes.
Em 1958, João Batista Miranda elegeu-se deputado estadual de Minas Gerais pela legenda udenista, integrou as comissões de Constituição, Legislação e Justiça e de Serviço Público durante todo o mandato e chegou a ocupar a vice-presidência e a presidência da assembleia legislativa. Em 1962 reelegeu-se, novamente pela UDN, voltoando a integrar as comissões de Constituição, Legislação e Justiça e de Serviço Público e tornando-se presidente das comissões de Siderurgia e Mineração, Educação e Agricultura.
Com a extinção dos partidos políticos em 1965, e a instauração do bipartidarismo, filiou-se à Aliança Renovadora Nacional (Arena). Pela legenda da Arena, elegeu-se deputado federal por Minas Gerais, foi presidente da Comissão de Siderurgia e Mineração, membro efetivo da comissão de Segurança Nacional, de Minas e Energia e de Orçamento e suplente da Comissão de Economia da câmara dos deputados. Em novembro de 1970, reelegeu-se deputado federal ainda pela legenda da Arena e atuou como membro efetivo da Comissão de Ciência e Tecnologia. Elegeu-se ainda no terceiro e quarto mandatos, 1974 e 1978, sempre pela legenda arenista.
Com extinção do bipartidarismo, em 1979 ingressou no Partido Democrático Social (PDS), agremiação que aglutinou os antigos membros da Arena. Pelo PDS voltou a concorrer a uma cadeira na Câmara, em 1982, obtendo apenas uma suplência.
Em 30 de dezembro de 1982 foi nomeado ministro do Tribunal de Contas da União pelo então presidente João Batista Figueiredo. Em cerimônia de posse, o ministro presidente à época Mário Pancini profere algumas palavras que retratam sua felicidade em ter um companheiro de estado tão ilustre e competente fazendo parte da Casa. Aqui um trecho que trata de seu reconhecimento e admiração pelo senhor Batista Ramos: “Estou convencido de que o sr. Ministro Batista Ramos, pela sua inteligência lúcida, pelo seu reconhecido saber aliado à sua experiência de antigo professor, pelo exercício de cargos e funções públicas e longo trato na vida parlamentar, representa preciosa aquisição para esta Corte”.
Foi ainda oficial de gabinete da Secretaria de Viação do Estado de Minas, Inspetor de Ensino Secundário Federal e Técnico em Assuntos Educacionais do Ministério da Educação e Cultura (MEC), advogado do quadro jurídico de Minas Gerais e consultor jurídico do Banco Mineiro do Oeste S/A. Enviou colaborações para o jornal Correio da Manhã e outros veículos da capital mineira. Escreveu também para jornais da imprensa brasiliense.
Faleceu em Belo Horizonte no dia 11 de dezembro de 1983.