Museu do Tribunal de Contas da União
Min. Luciano Brandão Alves de Souza (1977-1994)
O ministro Luciano Brandão Alves de Souza nasceu em 5 de julho de 1924, na cidade do Rio de Janeiro (RJ). Filho de Francisco Alves de Souza e Cecília Brandão Alves de Souza, foi diretor-geral da Câmara dos Deputados em um período de grande turbulência política e exerceu com grande distinção o cargo de ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), tornando-se uma referência para todas as outras autoridades que vieram a exercer o cargo.
Realizou seus estudos primários no Colégio Paulista, no Rio de Janeiro, e a etapa seguinte no Colégio Santo Ignácio, onde se formou bacharel em Ciências e Letras no ano de 1942. No ano seguinte ingressou no curso de Engenharia Civil na Escola Nacional de Engenharia da Universidade do Brasil, concluindo no ano de 1947.
No mesmo ano em que se graduou, tornou-se engenheiro do Departamento de Estradas e Rodagem (DNER). Trabalhou no órgão até 1955, quando ingressou na Câmara dos Deputados como engenheiro desta Casa. Em um breve interregno de tempo, entre os anos de 1962 e 1963, foi assessor do Ministério de Viação e Obras Públicas.
No ano de 1964, assumiu o cargo de diretor-geral da Câmara dos Deputados, o qual lhe rendeu grande notoriedade pela a habilidade que demonstrou ao administrar aquela Casa em um contexto político de grande instabilidade. Participou de importantes eventos internacionais representando esta Casa durante sua administração. Sua competência recebeu o reconhecimento de vários parlamentares e autoridades, o que lhe rendeu grande prestígio e admiração.
Em 5 de dezembro de 1977, em razão da aposentadoria do ministro Freitas Cavalcanti, foi nomeado pelo presidente da República Ernesto Geisel para o cargo de ministro do TCU. A sua nomeação foi simbólica por ter sido a primeira vez que o funcionário do Parlamento era indicado para o cargo. Em seu discurso de posse, Luciano Brandão invocou o legado de civismo e espírito público adquirido ao longo de seu convívio com importantes personalidades políticas na Câmara dos Deputados, como elemento norteador de suas ações nesta Corte.
Dentro do TCU, teve uma participação muito ativa: foi relator das contas do governo da República referentes aos exercícios de 1978 e 1993; eleito vice-presidente do Tribunal em 1980; e por fim presidente de 1981 a 1982.
Como ministro emérito ainda participou (externamente ao TCU) como conselheiro da República nos anos de 1994 a 1997; foi membro e secretário-executivo do Conselho de Administração da Associação das Pioneiras Sociais (Rede Sarah) nos anos de 1994 a 2003; foi chamado para ser secretário-geral da Organização dos Tribunais de Contas dos Países de Língua Portuguesa em 1995; foi membro e presidente do Conselho Deliberativo do Sarah-Previdência de 1996 a 2008; foi presidente da Comissão Especial, Lei nº 9.483/1997, designado pelo presidente da República em 1997; e foi presidente da Comissão de Avaliação de Incentivos Fiscais nas Políticas Nacionais de Ciência e Tecnologia e de Informática, pelo Ministério da Ciência e Tecnologia em 1998.
Tomou parte de diversos Congressos e conclaves, durante sua extensa carreira profissional, em escopo nacional e internacional. Do mesmo modo, recebeu inúmeras condecorações por diversas instituições públicas, homenageado por seus serviços prestados como cidadão ao Estado brasileiro. Por fim, aposentou-se do TCU no dia 24 de junho de 1994.