Museu do Tribunal de Contas da União
Min. Pedro da Cunha Pedrosa (1922-1931)
O ministro Pedro da Cunha Pedrosa nasceu no dia 30 de junho de 1863 na Fazenda Natuba, sendo natural de Umbuzeiro, cidade a 109 km de João Pessoa, na Paraíba. Seus pais foram Raimundo da Cunha Pedrosa e Maria José dos Prazeres da Cunha Pedrosa. Em toda sua vida pública atuou principalmente no meio jurídico e enveredou-se pela política, fechando sua carreira nesta casa.
Concluiu sua gradação na Faculdade de Direito do Recife, saindo como bacharel no ano de 1885. Depois de terminar seus estudos, seu primeiro emprego foi como promotor público de Timbaúba, cidade no interior de Pernambuco, onde permaneceu por três anos até 1889. Posteriormente voltou para o seu estado natal, na condição de juiz municipal de Pilar, ocupando o cargo por um ano.
Seu caminho político teve início com seu encargo de deputado estadual; em seu mandato teve a oportunidade de compor a primeira constituinte paraibana, no período que foi de 1891 a 1892. Também exerceu a advocacia de 1902 a 1904.
Em 1905 foi chamado para ser secretário estadual, concomitante ao seu segundo mandato na Assembleia Legislativa, de onde saiu em 1908. No mesmo ano chegou a ser o primeiro vice-presidente da Paraíba, até o ano de 1912. Na época, este cargo equivalia ao de vice-governador. Neste intermédio foi redator-chefe do jornal A União, onde mostrou sua variabilidade profissional ao manejar também o jornalismo pelo período de seis anos, tendo iniciado em 1905. Ainda no meio político, sua carreira lhe levou para a câmara alta, foi eleito senador da república e cumpriu seu mandato pleno de 1912 a 1914. Teve oportunidade de reeleger-se pelo Partido Republicano Federal e completou seu segundo mandato em 1923.
Finalmente chegou ao Tribunal de Contas, sendo nomeado com o ministro Agenor de Lafayette de Roure no dia 9 de novembro de 1922. Tomou posse no cargo de ministro no dia 10 de novembro no mesmo ano de sua nomeação. Permaneceu na instituição por oito anos e se afastou por motivo de doença, na época diagnosticada como uma inflamação nas terminações nervosas. Aposentou-se em 19 de janeiro de 1931.
Seu falecimento se deu em 20 de março de 1947. Em sessão ordinária do dia posterior, essa corte, presidida pelo ministro Bernardino José de Souza, emitiu um voto de pesar e assinalou “os relevantes serviços prestados pelo finado durante o longo tempo que serviu este tribunal”.
Foi casado com Antônia Xavier Andrade Pedrosa, com quem teve seis filhos. Foi também provedor da Santa Casa de Misericórdia da Paraíba. Além de inúmeras outras publicações, constituiu um relato de sua vida, publicado somente em 1963, com o título Minhas próprias memórias: vida pública. Também participou da elaboração do Código Civil e do Código Militar Brasileiro.