Museu do Tribunal de Contas da União
Min Pedro Teixeira Soares (1910-1930)
O ministro Pedro Teixeira Soares nasceu no dia 8 de agosto de 1861, na cidade de São Fidélis (RJ). Filho de João José Soares Júnior e Francisca Teixeira de Carvalho Soares, teve uma vasta carreira profissional, atuando principalmente em funções dentro do Poder Executivo brasileiro, ocupando cargos de chefia e de grande responsabilidade. Sua última posição administrativa foi como ministro do Tribunal de Contas.
Soares, em sua formação universitária, tomou dois rumos distintos: sua primeira experiência acadêmica se deu no curso de medicina, no qual permaneceu durante três anos sem terminar os estudos médicos; decidiu então ingressar na Faculdade de Direito do Estado de São Paulo, atual USP, onde se graduou em 1886 como bacharel em Ciências Sociais e Jurídicas.
Começou sua jornada profissional como auxiliar de Manoel Ignácio Gonzaga, importante jurista positivista. Posteriormente, ocupou um cargo jurídico no município de Santo Antonio de Pádua (RJ). Foi nomeado oficial do contencioso, sob recomendação do próprio ministro da época Ruy Barbosa.
Em São Paulo, atuou como fiscal-geral de Loterias e inspetor da Fazenda do Estado. Também foi delegado fiscal, em seguida atuou como chefe do gabinete do ministro da Fazenda do Governo Prudente de Morais, Bernardino de Campos, com a nomeação de diretor-geral. Ainda participou da composição do Gabinete do ministro Francisco Salles, na posição de chefe de gabinete. Igualmente, foi diretor de expediente e diretor do contencioso da Fazenda Pública.
Enfim, ingressou no Tribunal de Contas e tomou posse do cargo de ministro, no dia 30 de dezembro de 1910. Como ministro atuou em diversas áreas: foi ministro relator das contas do Governo da República, onde propôs e emitiu parecer prévio sobre as contas do Governo nos anos de 1918 a 1924 e 1927 a 1929. Concomitantemente, operava como presidente do TC entre os anos de 1918 a 1930, aposentando-se em 07 de janeiro de 1931.
No ano anterior à sua aposentadoria, tentou se afastar das obrigações de presidente por conta de sua saúde, inicialmente rejeitada pelo Tribunal. Não obstante, aposentou-se, e faleceu anos depois, em 18 de junho de 1946.