Museu do Tribunal de Contas da União
Min. Vidal da Fontoura (1981-1984)
O ministro Vidal da Fontoura nasceu no dia 2 de dezembro de 1914 na cidade de Colombo, no Paraná. Filho de Augusto Isidoro da Fontoura e Emma Luiza Hoffmann da Fontoura, foi um relevante político brasileiro que, dentre outras funções, veio a ser advogado e delegado. Em 1949, chegou ao posto de ministro do Tribunal de Contas da União (TCU).
Deu início a seus estudos acadêmicos em 1940 e bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito do Paraná. Aprofundou seus conhecimentos com o curso de Ciências das Finanças no Instituto Comercial do Paraná. Concluiu, ainda, os cursos de Ciências Políticas e Sociais no Instituto Brasileiro de Ciências Políticas e Sociais e o curso de Geografia Econômica, Política e Cultural no Instituto Rio Branco, no Ministério das Relações Exteriores do Rio de Janeiro.
Uma de suas primeiras atividades foi em sua área de formação acadêmica, na qual exerceu a advocacia como integrante da equipe do dr. Adolfo Konder, ex-governador e ex-deputado federal pelo estado de Santa Catarina. Também atuou como técnico do Conselho Técnico de Economia e Finanças do Ministério da Fazenda, órgão de assessoramento do Ministro da Fazenda, tendo colaborado, então, entre muitos outros trabalhos, no reescalonamento das dívidas externas do Brasil e padronização dos orçamentos estaduais com base no da União.
Em 1949, tem início sua história no TCU ao entrar na instituição como auditor. Durante o período em que ocupou esse cargo, exerceu a função de ministro convocado até o ano de 1981 e foi responsável pelo parecer prévio sobre as contas do presidente da República relativas a 1957.
No dia 13 de abril de 1981 é nomeado ministro do TCU pelo então presidente João Baptista Figueiredo. Ocupou a vaga em decorrência da aposentadoria do ministro Gilberto Monteiro Pessoa.
Na ocasião de sua posse, o ministro Arnaldo Pietro o saudou com as seguintes palavras: “Como auditor, já vem exercendo, há quase 32 anos, por convocação, as funções de ministro. Para ele, os mistérios do tribunal não têm segredos. Durante todo esse tempo, demonstrou correta e elegante atuação no plenário. O ato do presidente João Figueiredo escolhendo o ministro Fontoura se reveste, pois, de uma significação toda especial. Não é somente a consagração do mérito, mas a formalização de uma situação preexistente, o reconhecimento de um direito praticamente adquirido”.
Entre os anos de 1983 e 1984, teve a honra exercer a função de vice-presidente da Corte de Contas.
Aposentou-se do egrégio tribunal após 35 anos de serviços prestados com muita competência e dedicação no dia 30 de novembro.
Serviu durante três anos na Comissão de Controle de Acordos de Washington. Foi membro do Instituto Histórico e Geográfico do estado do Paraná e um dos fundadores do Centro Cultural Acadêmico Ronald de Carvalho.
Durante sua carreira pública, Vidal Fontoura participou do III Congresso Internacional das Instituições Superiores de Controle das Finanças Públicas no ano de 1959, período em que era auditor do TCU. Foi delegado no VI Congresso dos Tribunais de Contas, realizado em Brasília em 1972. Em 1974 participou como delegado no Congresso de Tribunais realizado em São Paulo e no mesmo ano participou do VII Congresso dos Tribunais de Contas, dessa vez em Belém do Pará. No ano de 1982, foi o representante do TCU, então como ministro, no comitê coordenador do VII CLAFEDS em San Juan, Porto Rico.
Recebeu as condecorações de Comenda da Ordem do Mérito Naval no grau de comendador e a Insígnia da Ordem de Rio Branco no grau de grande oficial.
Faleceu no dia 9 de maio de 2008. Foi casado com Dinorah Maria Munhoz da Rocha Fontoura, com quem teve dois filhos: Paulo Roberto Munhoz da Fontoura e Maria Lucia Munhoz da Fontoura Niemeyer.