Museu do Tribunal de Contas da União
Min. Wilson de Souza Aguiar(1974-1975)
O ministro Wilson de Sousa Aguiar nasceu no dia 31 de julho de 1917 em Manaus, capital do estado do Amazonas. Filho de João José de Aguiar Junior e Malvina de Souza Aguiar, construiu desde cedo uma brilhante carreira pública, chegando a altos postos do governo. Em 1974 chegou ao posto de ministro no Tribunal de Contas da União (TCU).
Wilson de Sousa formou-se em Economia e Administração. Na área administrativa participou dos cursos de Organização e Administração de Escritórios, Direito Administrativo e Organização de Serviços, Psicologia das Relações Humanas no Trabalho com extensão em Administração de Pessoal e do Curso de Análise Ocupacional na Pontifícia Universidade Católica. Participou de Seminário sobre Orçamento e Administração Financeira – Ministério do Planejamento, Coordenação Geral.
Realizou ainda uma série de cursos na Petrobras como o Curso de Psicologia nas Atividades de Pessoal, Seminário de Administração Geral para Chefes – Petrobras, e Problemas Psicológicos da Direção de Pessoal – Petrobras.
Deu início a sua vida de homem público já em altos postos do governo, trabalhando primeiramente como chefe de gabinete do diretor-geral do Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP) no ano de 1946. Nesse mesmo ano ascende de posto dentro do DASP e passa a ser o chefe de seção de classificação de cargos, permanecendo nessa função até o ano seguinte. Em 1947, além desse cargo, o ministro também atuou como chefe do serviço de pessoal do Hospital dos Servidores do Estado, passando, em 1954, a chefe da Divisão de Administração, e em 1955, a diretor do hospital.
Sem deixar o trabalho no DASP de lado, também foi subindo de cargo ao longo dos anos graças a sua qualificação e esforço. De 1955 a 1956 foi chefe da Seção de Organização da Divisão de Orçamento do DASP. Também em 1956 foi promovido a diretor do serviço de administração da mesma instituição, ao mesmo tempo que exerceu a função de tesoureiro na Sociedade Brasileira de Administração.
Entre 1957 e 1958, Wilson foi diretor do Departamento de Administração do Instituto Nacional de Imigração e Colonização. Nesse mesmo período atuou como diretor-tesoureiro em substituição no Instituto Nacional de Imigração e Colonização.
Em 1961, exerceu alguns cargos na Petrobras, sendo o primeiro chefe de divisão de relações industriais da Refinaria Landulpho Alves. Ainda foi chefe do Setor de Relações Humanas e Bem-Estar Social da Assessoria Geral de Pessoal, chefe da Divisão de Administração da Obra de Construção do Oleoduto Rio-Belo Horizonte, chefe da Divisão de Administração do Departamento de Transporte, chefe do Serviço Central de Pessoal da Petrobras (1965 a 1967) e assistente técnico administrativo sênior da Petrobras (1958 a 1967).
No ano de 1967 passou a desempenhar a função de diretor-geral no Departamento de Administração do Ministério das Minas e Energia. No ano seguinte foi inspetor-geral de finanças no Ministério das Minas e Energia, e em 1969, exerceu o mesmo cargo no Ministério do Interior.
De 1968 a 1969, Wilson de Sousa foi membro do Conselho Fiscal da Companhia Vale do Rio Doce. Entre 1971 e 1972 foi presidente da Junta Interventora do Conselho Federal de Técnicos de Administração, e nesse último ano atuou como consultor científico de administração e economia médica na Diretoria de Saúde e Aeronáutica. Também em 1971 foi presidente da Central de Medicamentos (CEME).
No ano de 1974 teve a honra de ser nomeado, pelo então presidente da República, Ernesto Geisel, ministro do Tribunal de Contas da União, tomando posse do cargo em 28 de março daquele ano. Ocupou a vaga decorrente da aposentadoria do ministro João Agripino Filho.
Na ocasião de sua posse foi homenageado e recebeu as seguintes palavras do também ministro Jurandyr Coelho: “Nesta corte o esperam, senhor ministro, o estudo e a dedicação à causa pública; e a partir de hoje, ela sentir-se-á, também, enriquecida pelo tirocínio e pela experiência administrativa de vossa excelência. Dessa colaboração necessariamente lucrará o egrégio tribunal, instrumento que ele o é da eficiência qualitativa e quantitativa e da moralidade da administração”.
Em 1975 deixou o trabalho no TCU, mas continuou prestando serviço ao Estado brasileiro. Devido a sua formação em Economia, exerceu o posto de presidente da Junta Governativa do Conselho Regional de Economistas do Rio de Janeiro.
No ano seguinte, mudou-se para Foz do Iguaçu, no estado do Rio Grande do Sul, pois passou a trabalhar na usina de Itaipu, onde ocupou diversos cargos. Dentre eles, foi: coordenador dos projetos de saúde na região de Itaipu, lado brasileiro (1976 a 1980), assessor do diretor-geral da Itaipu Binacional (1975 a 1976), representante do diretor-geral da Itaipu Binacional em Foz do Iguacu, chefe da auditoria interna da Itaipu Binacional, lado brasileiro, membro do Conselho Curador da Fundação Educacional de Foz do Iguaçu (Funefi).
Recebeu inúmeras medalhas graças aos anos em que prestou serviço ao governo. Dentre elas: comendador da Ordem de Rio Branco, Ordem do Mérito do Trabalho, Ordem de Tamandaré, Medalha de Honra da Inconfidência, Condecoração Anita Garibaldi do governo do estado de Santa Catarina, diploma de bons serviços prestados a Petrobras, diploma por serviços relevantes prestados ao Hospital dos Servidores do Estado, diploma de Amigo da Marinha, diploma de Amigo da Capitania dos Portos do Rio Paraná, diploma e medalha de amigo da Universidade do Rio Grande do Norte, medalha comemorativa dos 150 anos de Ruy Barbosa, TCU (1999).
Faleceu no dia 23 de novembro de 2006. Foi casado com Nazira Mansur Aguiar.