Museu do Tribunal de Contas da União
TCU e a informatização
O TCU e a informatização
O TCU é uma instituição cujos trabalhos dependem de dados atualizados e confiáveis, o que torna a Tecnologia da Informação (TI) uma ferramenta de enorme importância para a análise, utilização, processamento e proteção das informações processuais. Some-se a isso a crescente implementação de procedimentos automatizados no Tribunal, conferindo desempenho e qualidade compatíveis com as necessidades da sociedade brasileira.
A informatização do Tribunal iniciou-se em 1977, com a criação do Centro de Processamento de Dados Luiz Octávio Gallotti, na gestão do Ministro Glauco Lessa. Em 1982, na gestão do Ministro Luciano Brandão, é firmado um acordo de convênio entre o TCU e o Senado Federal, com o objetivo de permitir aos servidores da Casa o cadastramento de processos e o acompanhamento de sua tramitação por meio eletrônico. A partir de 1984, o TCU passou a desenvolver sistemas para uso exclusivo dos processos analisados no Tribunal e, em 1987, um mainframe 4341 da IBM foi alugado para uso na Corte, provocando uma mudança significativa em sua infraestrutura de TI. Dez anos após a inauguração de seu centro de processamento de dados, o TCU se moderniza com a instalação dos primeiros terminais, pelos quais cada usuário passa a inserir dados para processamento remoto em computador de grande porte. Profissionais de Tecnologia da Informação passaram a ser contratados nesse período. Os microcomputadores pessoais só vieram a ser utilizados pelo Tribunal em meados dos anos 90, contemporaneamente à adoção do sistema operacional Windows. Com as unidades técnicas do Tribunal interligadas, os auditores passaram a utilizar a nova estrutura de informação para gestão de sua jurisprudência e para registro dos atos de pessoal. Também é de 1990 o primeiro Plano Diretor de Informática do TCU, fomentando a criação de uma unidade de informática que centralizasse todas as ações do setor, impedindo assim que ações isoladas provocassem desperdício de recursos.
Com o advento da internet, o TCU entrou na era da conectividade digital. Em 1997 foi criada a primeira página web do Tribunal, e em 2002 iniciou-se a migração dos sistemas para um padrão compatível com a rede mundial. Um novo patamar de interação passa a existir entre o Tribunal, a sociedade e o restante da administração pública, em especial a Câmara dos Deputados, de quem o TCU é órgão auxiliar. Essa fase foi também marcada pela criação da primeira Política de Segurança da Informação (PSI) do Tribunal.
Com a virada do século XXI, e com o acesso a tecnologias mais avançadas, o TCU começa a analisar um grande volume de dados, consolidando a Tecnologia da Informação como área essencial para seu planejamento estratégico. Em 2005, o portal da Casa torna-se mais dinâmico. Inicia-se a oferta de cursos à distância, capacitando gestores, e inaugura-se um novo Centro de Processamento de Dados, com ampliação da segurança da informação. Em 2009, o Tribunal implementa o sistema de Processo Eletrônico, inédito na administração pública, aposentando a utilização de processos físicos. Alguns anos mais tarde, a Política Coorporativa de Segurança da Informação foi revista e ampliada, resultando na maior proteção das informações que circulam no Tribunal e aumentando a confiança da sociedade em sua missão institucional.
Referências bibliográficas
Brasil. Tribunal de Contas da União. Tribunal de Contas da União: evolução histórica e administrativa. Brasília: TCU, 2014.