Centro Cultural TCU abre exposição "Línguas africanas que fazem o Brasil"
Em cartaz até 18 de janeiro de 2026, mostra destaca contribuição das línguas africanas no português falado no Brasil e sua influência na nossa cultura
Por Secom
Uma noite de celebração e valorização das raízes ancestrais que formam a identidade brasileira marcou a abertura da exposição "Línguas africanas que fazem o Brasil", na última quarta-feira (12/11). Realizada no Centro Cultural TCU, localizado no Instituto Serzedello Corrêa (ISC), em Brasília, a mostra é uma itinerância do Museu da Língua Portuguesa.
Autoridades, convidados e funcionários do Tribunal de Contas da União (TCU) prestigiaram e conferiram, em primeira mão, detalhes da exposição, que fica em cartaz até 18 de janeiro de 2026.
Com curadoria do músico, poeta e filósofo Tiganá Santana, o projeto evidencia a profunda contribuição dos idiomas e das culturas africanas - como o quimbundo, o quicongo, o umbundo, o iorubá e o fon - para a consolidação da identidade nacional e da estrutura da língua portuguesa falada no Brasil.
"A linguagem é a primeira ferramenta de organização de uma sociedade. Línguas como o iorubá, e outras, têm participação decisiva em nossa fala diária. Reconhecer e honrar essa contribuição histórica é um ato de reafirmação da pluralidade como valor essencial da nossa nação". Presidente do TCU, ministro Vital do Rêgo.
Para a diretora-geral do ISC, Ana Cristina Novaes, a boa gestão pública também se fortalece com cultura, educação e consciência histórica.
"Esta exposição expressa com clareza essa missão, ao reunir saberes ancestrais, diversidade linguística e reflexão crítica sobre o Brasil que somos". Diretora-geral do Instituto Serzedello Corrêa (ISC), Ana Cristina Novaes.
Línguas de encontros e pertencimento
À frente da curadoria da mostra, Tiganá Santana propõe um reconhecimento do público diante da contribuição africana no nosso modo de falar, mas também na cultura e nos comportamentos.
"Esse trabalho, e eu faço coro a outros que têm sido feitos há muito tempo nessa direção, nos lembra dessas presenças e do nosso pertencimento em muitas camadas e instâncias". Curador da exposição, Tiganá Santana.
Como projeto itinerante, ele fez questão de ressaltar a incorporação, nesta exposição, de artistas que têm relação com o território do Distrito Federal e da região Centro-Oeste. São eles: Dalton Paula, Antonio Obá e Leni Vasconcellos.
Parceria em nome da cultura
Realizada no Mês da Consciência Negra, a mostra resulta de uma parceria do Centro Cultural TCU com o Museu da Língua Portuguesa, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo de São Paulo.
O projeto conta ainda com patrocínio do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e apoio do Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo Federal e do Tribunal de Contas da União (Sindilegis).
Representando o sindicato, a diretora de comunicação, Elisa Bruno, que também ocupa a direção do Centro Cultural TCU, destacou a relevância da iniciativa que valoriza nossa história e ancestralidade.
"O Sindilegis tem intensificado seu compromisso com a valorização da diversidade e com a garantia de um ambiente de trabalho livre de violências. Estamos dedicados à construção de espaços mais harmônicos e saudáveis, no trabalho e na sociedade. É uma das responsabilidades do sindicato informar e sensibilizar a população sobre assuntos tão importantes". Diretora de comunicação do Sindilegis e diretora do Centro Cultural TCU, Elisa Bruno.
Em sua fala, a diretora executiva da Organização Social IDBrasil Cultura, Educação e Esporte, responsável pela gestão do Museu da Língua Portuguesa, Renata Motta, agradeceu a acolhida do TCU em abrir as portas do Centro Cultural à reflexão e à beleza.
"A gestão do ministro Vital do Rêgo tem aproximado o Tribunal da sociedade e reafirmado o papel da cultura como dimensão da cidadania". Diretora executiva da Organização Social IDBrasil Cultura, Educação e Esporte, responsável pela gestão do Museu da Língua Portuguesa, Renata Motta
A ocasião também marcou a assinatura do acordo de cooperação entre o TCU e a Organização Social IDBrasil. "Este acordo inaugura uma parceria institucional duradoura de cooperação técnica e cultural, fortalecendo o compromisso de ambas as instituições com a cultura, a educação e o conhecimento público", ressaltou Renata Motta.
O diretor de controle e risco do Banco do Nordeste, Leonardo Cruz, também participou da cerimônia e salientou o valor da parceria firmada para todos os brasileiros.
"Enquanto instituição de desenvolvimento, reconhecemos o papel destacado da cultura. Nossa atuação tem por base a democratização do acesso às manifestações artísticas e o apoio à produção, fruição, circulação e formação artístico-culturais". Diretor de controle e risco do Banco do Nordeste, Leonardo Cruz.
Um convite à identificação
Até 18 de janeiro de 2026, a exposição "Línguas africanas que fazem o Brasil¿ convida o público a escutar o Brasil com outros ouvidos e a perceber que, em nosso modo de falar e viver, ressoam vozes africanas que atravessaram o Atlântico e se enraizaram em nossa língua.
As portas do Centro Cultural TCU estão abertas todos os dias, inclusive sábado e domingo, das 9h às 18h.
É possível ainda agendar visitas mediadas para o público espontâneo ou grupos, por meio do telefone (61) 3527-5221 ou pelo e-mail programaeducativo@tcu.gov.br.
SERVIÇO
Secom - ISC/pc
Atendimento à imprensa - e-mail: imprensa@tcu.gov.br
Atendimento ao cidadão - e-mail: ouvidoria@tcu.gov.br