Imprensa
Grupo Executivo do ClimateScanner discute resultados preliminares e metas para a COP29
O Grupo Executivo do ClimateScanner está reunido para debater, ao longo desta semana, os resultados preliminares da ferramenta. O encontro é realizado no Instituto Serzedello Corrêa (ISC), em Brasília (DF), e se encerra na sexta-feira (18/10). Com representantes de 19 países, além da membros da Organização das Nações Unidas (ONU), o encontro serve como preparação para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29), que ocorrerá em novembro, no Azerbaijão. Durante a programação, foram apresentados os resultados preliminares e recomendações da plataforma ClimateScanner, com foco no aprimoramento dos mecanismos de governança, políticas públicas e financiamento relacionados à crise climática.
O vice-presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), ministro Vital do Rêgo, abriu o encontro enfatizando a relevância do projeto no cenário global.
"À medida que nos aproximamos da COP29, a semana de atividades vai ser dedicada à revisão dos nossos progressos, ao compartilhamento de resultados e à celebração do que aprendemos com as avaliações do ClimateScanner", afirmou. O ministro destacou ainda a importância do apoio financeiro aos países em desenvolvimento, elemento fundamental para enfrentar os desafios climáticos. "Precisamos garantir que as ações climáticas reflitam as realidades e necessidades locais", completou.
O diretor jurídico do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Walter Baère, reforçou o papel de liderança do Brasil no combate às mudanças climáticas: "90% da nossa matriz energética vem de fontes renováveis, tornando o Brasil um exemplo para o mundo. A proteção da floresta amazônica e o apoio às comunidades indígenas são ações fundamentais que já fazem parte do presente e precisam continuar sendo priorizadas". O diretor também destacou a criação de mais de 10 milhões de empregos na região amazônica, vinculando desenvolvimento sustentável à preservação ambiental.
O ClimateScanner, que conta com a participação de 141 países, tem impacto equivalente a uma população de sete bilhões de pessoas. Segundo a especialista em mudanças climáticas do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Kátia Fenyves, a plataforma é uma ferramenta essencial para identificar lacunas de investimento, promover transparência na gestão de recursos e direcionar ações para a transição energética. "A redução de gases poluentes é urgente, e a transparência é fundamental para garantir o sucesso dessas ações", afirmou.
Andrea Bozon, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), elogiou os esforços do Grupo Executivo do ClimateScanner e afirmou que "vivenciar essa nova realidade climática exige ações concretas. O projeto é uma iniciativa visionária que pode fazer a diferença”.
A importância da comunicação na crise climática
Durante o encontro, ficou evidente que a comunicação desempenha papel vital no enfrentamento da crise climática. A fundadora da organização Comunica Simples, Heloisa Fischer, enfatizou a necessidade de adaptar a linguagem técnica para facilitar o entendimento da pauta climática não apenas para governantes, mas também para a população. "Repensar a linguagem e adaptá-la para o cotidiano das pessoas é um diferencial crucial em projetos como o ClimateScanner, porque iniciativas como essa precisam cada vez mais ser difundidas e aceitas tanto por autoridades quanto pelos cidadãos”, reforçou a especialista.
A secretária de comunicação do TCU, Ana Cristina Siqueira Novaes, apresentou o fluxograma e as principais estratégias utilizadas para democratizar a informação, tanto para o público interno do Tribunal quanto para os cidadãos brasileiros. Somente em 2023, o TCU respondeu a mais de 1,8 mil solicitações da imprensa, gerando mais de 39 mil menções na mídia.
Em se tratando do ClimateScanner, Ana Cristina destacou como a comunicação efetiva e as relações robustas com stakeholders são fundamentais para o impacto das instituições superiores de controle (ISC). "A comunicação pode construir confiança, assegurar a relevância das auditorias e reforçar o papel das ISC na promoção de transparência, accountability e boa governança", explicou.
Sobre o ClimateScanner
O ClimateScanner é uma iniciativa liderada pela presidência da Organização Internacional das Instituições Superiores de Controle (INTOSAI), exercida pelo TCU, em parceria com o Grupo de Trabalho sobre Auditoria Ambiental (WGEA, do inglês Working Group on Environmental Auditing).
O objetivo principal é desenvolver metodologia que permita às instituições superiores de controle realizarem avaliações rápidas das ações dos governos nacionais relacionadas à crise climática. O projeto conta com apoio do BNDES, BID, Banco Mundial, UNDESA e PNUD.
Confira fotos do evento: https://flic.kr/s/aHBqjBNykk
___________________________________________
SERVIÇO
Secom – MP/pc
Atendimento à imprensa - e-mail: imprensa@tcu.gov.br
Atendimento ao cidadão - e-mail: ouvidoria@tcu.gov.br