Deputado critica gestão do sistema de saúde
Pinotti está há "50 anos" na medicina e acredita que a situação que o país enfrenta hoje em relação à doença é consequência da gestão do sistema de saúde.
Por Secom
Resumo
Pinotti está há "50 anos" na medicina e acredita que a situação que o país enfrenta hoje em relação à doença é consequência da gestão do sistema de saúde.
“O problema da dengue é muito grave, muito sério e muito extenso”. A avaliação é do deputado federal José Aristodemo Pinotti. Médico formado pela Universidade de São Paulo, Pinotti está há “50 anos” na medicina e acredita que a situação que o país enfrenta hoje em relação à doença é consequência da gestão do sistema de saúde. Ele participou ontem (4) do seminário "Combate à dengue: descentralização, responsabilidade e controle", promovido pelo Tribunal de Contas da União. “A dengue se alastrou de forma quase irresponsável”, afirmou Pinotti, que é presidente da Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara dos Deputados. Ele atribui o descontrole da doença à falta de estrutura do sistema de saúde. “Sem um sistema estruturado não se faz controle”. “A análise que se faz é que falta tudo. Falta prevenção, diagnóstico rápido dos casos graves, especialmente em crianças, e tratamento adequado”. Para o deputado, a descentralização radical da gestão dos recursos seria uma das medidas prioritárias para melhorar o serviço de saúde no País e também evitar novas epidemias da doença. No Brasil, apenas Rio Grande do Sul e Santa Catarina não apresentam a dengue de forma endêmica e o Rio de Janeiro é apenas um dos casos graves, segundo o deputado Pinotti. Em 2002, registrou-se 0,1 internação para cada 100 mil habitantes, número que subiu para 246 em 2008. Para reverter o quadro, além de estimular o controle social pela aproximação do gestor com a população atendida, Pinotti defendeu o investimento em educação voltada à saúde. “A educação muda hábitos de vida, causa da maioria das doenças”.
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