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Encontro reúne mulheres para debater liderança e equidade em instituições de controle

Realizado na África do Sul, evento promovido pelo TCU em parceria com organizações internacionais reuniu mais de 30 mulheres de 23 países e abordou temas como direitos humanos, igualdade e finanças públicas

Por Secom

Um denominador comum uniu 31 mulheres de 23 países africanos de língua portuguesa e inglesa, além do Brasil. No centro do debate, a liderança exercida ou almejada por elas em instituições superiores de controle (ISC). Realizado em Pretória, na África do Sul, o encontro corresponde à etapa presencial da 3ª edição do Programa "Mulheres na Liderança", que integra o Programa de Intercâmbio em Controle e Gestão Pública do Tribunal de Contas da União (ProInter-TCU).

Realizado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) em parceria com o subgrupo de língua inglesa da Organização Africana das Instituições Superiores de Controle (Afrosai-e) e o Programa Regional para a Governação Econômica nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa e Timor-Leste (Propalop-TL), o intercâmbio ocorreu entre os dias 13 e 17 de outubro.

Na ocasião, as profissionais compartilharam sua visão de poder, governança e humanidade e trocaram experiências e conhecimentos em temas como direitos humanos, equidade, diversidade e inclusão, e orçamento sensível a gênero.

Programa Mulheres na Liderança - ProInter/TCU

O programa constitui iniciativa do TCU à frente da Organização Internacional das Instituições Superiores de Controle (INTOSAI). O objetivo é incentivar a troca de experiências, fortalecer a cooperação entre líderes femininas e disseminar boas práticas de gestão e equidade.

O intercâmbio é promovido em parceria com o Pro PALOP-TL, programa de cooperação internacional que visa fortalecer a governança econômica e os sistemas de gestão das finanças públicas nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) financiado pelo PNUD. A primeira edição do programa foi realizada em 2023, com a participação de 15 auditoras.

Consolidar uma rede de intercâmbio

A diretora-geral do Instituto Serzedello Corrêa (ISC/TCU), Ana Cristina Novaes, foi uma das participantes do programa. Ela destacou como a vivência favoreceu a construção de conexões e o fortalecimento da liderança feminina no setor público.

ana cristina

Segundo Ana Cristina, o intercâmbio ajudou a olhar para essas experiências comuns e a fortalecer a consciência de que as mulheres não ocupam esses espaços sozinhas. "Existe uma rede concreta, feita de afinidades reais, que pode sustentar e ampliar nossa atuação, observou.

Depois de um ano intenso de trabalho das equipes envolvidas na organização dessa terceira edição do programa, a diretora de cooperação internacional do TCU, Renata Oliveira Costa, detalhou que o sentimento que fica é de gratidão em acompanhar de perto a cooperação se materializar pelo intercâmbio de boas práticas entre diferentes participantes.

renataoliveira -

Para a auditora e coordenadora do Comitê Técnico de Equidade, Diversidade e Inclusão do TCU, Marcela de Oliveira Timoteo, é satisfatório e gratificante ver como as participantes foram impactadas por outras profissionais e ganharam combustível extra para suas carreiras, ajudando a criar uma rede de mulheres líderes de nível global.

marcela timoteo

A diretora de comunicação institucional da Secretaria de Comunicação (Secom/TCU), Sandra Bragança, destacou a oportunidade de aprendizado de novos conteúdos e o intercâmbio de vivências no exercício da liderança entre as participantes.

sandra-braganca

Quanto ao aspecto da liderança, Sandra ressaltou a importância de deixar um legado de sucesso feminino para as próximas gerações. "Para que isso aconteça, é necessário que haja capacitação constante e que o exercício da liderança esteja ancorado em três pilares: inspiração, motivação e compromisso".

Na avaliação do secretário de relações internacionais do TCU, Hugo Freire, o ProInter destaca-se como marco internacional na promoção da liderança feminina nas instituições superiores de controle (ISC), sendo uma das conquistas do triênio do Tribunal à frente da presidência da Organização Internacional das Instituições Superiores de Controle (INTOSAI).

hugo freire

Pluralidade de vozes e experiências

Antes do início das atividades, o secretário-geral da OISC-CPLP e ministro do TCU, Benjamin Zymler, deu as boas-vindas às participantes por meio de uma gravação em vídeo.

A auditora-geral da África do Sul, Tsakani Maluleke, comandou a abertura do evento. Ela compartilhou sua trajetória e destacou a importância da integridade, diversidade e representatividade feminina nas instituições de controle.

Especialista em Tributação e Igualdade de Gênero do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Caroline Othim abordou as relações entre políticas fiscais, decisões orçamentárias e equidade de gênero. Além disso, ela explicou em detalhes a metodologia usada pelo Selo PNUD de Igualdade de Gênero nas Instituições Públicas, instrumento que orienta e reconhece boas práticas institucionais voltadas à promoção da igualdade.

A experiência do TCU na implementação dessa metodologia foi apresentada pela consultora sênior do PNUD junto ao Tribunal, Vivian Souza da Silva. A profissional destacou os avanços obtidos e as lições aprendidas no processo de certificação, aliando teoria e prática.

A programação incluiu ainda um workshop ministrado pela representante da Afrosai-e, Wilna Degenaar, sobre "Liderança com equilíbrio", abordando temas como habilidades de gestão, bem-estar e impacto organizacional.

Parte tradicional das atividades do ProInter, a professora e doutora em filosofia política pela Universidade de Toulouse, Gisele Szczyglak, conduziu a formação "Mulheres na Liderança". Na avaliação da especialista, a reunião consolidou uma constelação de vozes comprometidas com a transformação das instituições e a formação de uma vida mais justa. "Experimentamos discussões profundas. Uma irmandade comovente que transcende fronteiras, culturas e crenças¿, definiu.

O encerramento das atividades foi marcado pela palestra da conselheira especial para a África do Secretariado-Geral das Nações Unidas, Cristina Duarte, que enfatizou a necessidade de compreender a igualdade de gênero como uma dimensão estratégica de poder transformador, boa governança e impacto macroeconômico.

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