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Jhonatan de Jesus relembra origem em Roraima e diz que suas decisões serão pautadas por ética e transparência

O novo ministro do TCU, Jhonatan de Jesus, tomou posse nesta quarta-feira (15/3) em sessão extraordinária que reuniu autoridades e representantes dos Três Poderes na sede do Tribunal. Ele foi indicado pela Câmara dos Deputados para a vaga de Ana Arraes

Por Secom

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O novo ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Jhonatan de Jesus, tomou posse nesta quarta-feira (15/3) em sessão extraordinária que reuniu autoridades e representantes dos Três Poderes na Sede da Corte de Contas. Jhonatan de Jesus foi indicado pela Câmara dos Deputados para a vaga aberta em razão da aposentadoria da ministra Ana Arraes.content.png

​​​​​​O decano da Corte de Contas, Walton Alencar, fez a saudação ao novo ministro em nome do Plenário da Casa. “A inspirada escolha de Jhonatan de Jesus para o cargo de ministro do Tribunal de Contas da União reafirma o indeclinável vínculo e compromisso do Congresso Nacional com o interesse público e com os princípios fundamentais da Constituição Federal, sobretudo pela preocupação que houve de ressaltar os atributos da idoneidade moral e reputação ilibada do empossando, exigência constitucional para o exercício do cargo”, afirmou.

Para Alencar, “o TCU ganha muito com a chegada do ministro Jhonatan de Jesus, ao ter um integrante vindo da Região Norte, que fortalece o pacto federativo e compreende o relevo das atribuições republicanas do magistrado de Contas no exercício do controle externo, sempre pautado pela atuação técnica, imparcial, com os relevantes subsídios apresentados pelas competentes Secretarias de Controle Externo”.

content _1_.pngEm sua manifestação, a procuradora-geral do Ministério Público junto ao TCU (MPTCU), Cristina Machado, afirmou que o ingresso de um novo integrante simboliza a renovação da Corte.  “Sua formação acadêmica, sua trajetória profissional e sua atuação política, marcada pelo cuidado com a coisa pública, pela busca incessante da conciliação, pelo equilíbrio da conduta e pelo dinamismo ínsito à juventude, permitem antever uma atuação destacada como magistrado de Contas, o que enriquecerá os debates travados em nossos Colegiados e aprimorará nossas deliberações”, afirmou.

Cristina Machado reforçou que a missão do TCU, declarada em seus documentos estratégicos, é aprimorar a administração pública em benefício da sociedade. "Assim, nosso desígnio primordial é assegurar que os recursos provenientes do suor e do sacrifício do cidadão-contribuinte sejam aplicados com economia, com eficiência e com eficácia”, disse.

Compromisso com atuação ética e transparente

Em seu discurso, o novo integrante do Tribunal relembrou a trajetória humilde da família, no estado de Roraima, e a atuação como parlamentar na defesa da população daquela região. Na Corte de Contas, o ministro afirmou que suas decisões serão pautadas na ética, na transparência, no respeito à legislação e na isonomia.

“Ao me tornar membro desta Casa centenária, o faço com o sentimento do inarredável compromisso com o povo brasileiro de ter olhos ainda mais aguçados e vigilantes, de ter decisões ainda mais firmes na garantia do bom e regular uso dos recursos públicos e, também, de ofertar todo o meu esforço para assegurar aos cidadãos uma vida mais digna, segundo a prevalência do bem comum e do constante desenvolvimento nacional”, assegurou o ministro.

content _2_.pngJhonatan de Jesus ressaltou que um de seus objetivos no Tribunal é fazer uma conexão mais efetiva e produtiva com o Congresso Nacional. “Penso que, muito além da atribuição de órgão auxiliar do Poder Legislativo, esta Casa pode assumir um papel ainda mais de proatividade e cumplicidade com a Câmara e o Senado, em prol da discussão e realização de políticas públicas concretas. Trago, para tal propósito, minha visão de parlamentar para dentro de meu gabinete. E insisto: ele está aberto a todos”, garantiu.

O ministro destacou, ainda, que tem como meta enfatizar o caráter pedagógico e parceiro do TCU e que atuará como instrumento de auxílio ao bom gestor. “Venho de muito longe e conheço a realidade dos nossos gestores, que, em muitas oportunidades, não erram por dolo ou má-fé, mas por desconhecimento dos processos e procedimentos inerentes à prestação de suas contas”, disse.

​​​​​​​“Ao zelar pela correta utilização do dinheiro público sob os princípios da legalidade, legitimidade e da economicidade, esta egrégia Corte nos aquieta a alma – seja cidadão, seja administrador, seja agente público – ao fiscalizar, com a notável competência que a tornou paradigma na administração, o destino dos recursos, tão necessários à promoção do bem-estar social.”

content _3_.pngConfira aqui o discurso na íntegra

Presidente Bruno Dantas: “o que torna o TCU uma das mais importantes instituições democráticas do país é esta composição plural”

No encerramento da cerimônia, o presidente do TCU, Bruno Dantas, falou sobre a importância da pluralidade na composição do Colegiado da Corte de Contas. “O que torna o TCU uma das mais importantes instituições democráticas do país é esta composição plural, com um misto de técnicos e pessoas oriundas de mandatos eletivos que decidiram renunciar a política partidária para servir à nação com uma outra perspectiva, por meio da magistratura de contas”, afirmou o ministro. 

Para Dantas, “a cada vez que o Parlamento nos brinda com a indicação de um nome que, além da sua dedicação à vida pública, também tem uma trajetória com notória inteligência e probidade, esta Casa se renova e se aproxima da sociedade ainda mais”.

Participações

Os ministros do TCU Benjamin Zymler, Augusto Nardes, Aroldo Cedraz e Antonio Anastasia, e os ministros-substitutos Augusto Sherman, Marcos Bemquerer e Weder de Oliveira, participaram da cerimônia de posse.

A solenidade contou com a presença de autoridades e representantes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e de instituições nacionais, entre os quais o primeiro vice-presidente do Senado Federal, Veneziano Vital do Rêgo, representando o presidente daquela Casa; o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira; o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, representando o presidente da República; os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE); o procurador-geral da República, Augusto Aras;  o presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, José Alberto Simonetti; os  ministros da Previdência Social, Carlos Lupi; de Portos e Aeroportos, Márcio França; das Relações Exteriores, Mauro Vieira; e da Pesca e Aquicultura, André de Paula; o advogado-geral da União, Jorge Messias; os governadores de Roraima, Antonio Denarium; e do Maranhão, Carlos Brandão.

Sobre o ministro Jhonatan de Jesus

Nascido em Boa Vista (RR), filho de Antonio Mecias Pereira de Jesus e Luzeni Carvalho Ribeiro, Jhonatan de Jesus é o segundo ministro da Região Norte a integrar a Corte de Contas, primeiro oriundo do estado de Roraima. Formado em medicina pela Universidade Católica de Brasília, é mestrando em Administração Pública pelo Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP). Deputado federal pelo estado de Roraima, foi eleito pela primeira vez em 2010. Durante sua trajetória parlamentar, atuou como presidente da Comissão de Minas e Energia e membro titular da Comissão de Seguridade e Família.

Posse do ministro Jhonatan de Jesus 15/03/2023