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"Temos a oportunidade de dar um passo revolucionário no controle externo", diz ministro Antonio Anastasia em evento sobre consensualismo

O ministro participou, na segunda-feira (16/6), do seminário "A prática do consensualismo nos tribunais de contas", promovido pela Atricon

Por Secom

Resumo

O ministro participou, na segunda-feira (16/6), do seminário "A prática do consensualismo nos tribunais de contas", promovido pela Atricon

Resumo

  • O ministro destacou que o consensualismo é uma forma de orientar o trabalho dos tribunais de contas para resultados.
  • Para Antonio Anastasia, a prática de solução consensual favorece a segurança jurídica, fundamental para o desenvolvimento do país.
  • A Atricon anunciou a criação de uma rede de consensualismo entre os tribunais de contas do país.
     

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O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Antonio Anastasia, afirmou, nesta segunda-feira (16/6), que o controle externo brasileiro tem a oportunidade de fazer uma grande revolução ao adotar a prática de consensualismo. Segundo o ministro, a mudança consiste na busca pela eficiência em primeiro lugar, o que tem levado os tribunais de contas a uma orientação pelo resultado concreto da ação governamental, quando o interesse público prevalece sobre qualquer ato puramente formal.

A abordagem do tema foi feita durante o seminário "A prática do consensualismo nos tribunais de contas", promovido pela Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon). Ao abrir o evento, Antonio Anastasia falou sobre o papel da Corte de Contas na defesa da segurança jurídica do país. Para o ministro, os órgãos de controle têm a prerrogativa de atestar se o interesse da sociedade foi atendido nas contratações feitas pela Administração Pública e, quando não, buscar acordo para que o benefício esperado chegue até a população.

O seminário reuniu pontos focais de diversos tribunais de contas do país. O objetivo foi apresentar boas práticas de solução consensual, incentivar que os estados e municípios adotem a prática do consensualismo e ampliar o debate sobre o tema para aperfeiçoar as normas que tratam das soluções consensuais.

 O presidente destacou que os Tribunais de Mato Grosso, Bahia, Roraima, São Paulo e Rio de Janeiro adotaram a prática de solução consensual de litígios. Lembrou, também, que o TCU tem sido referência nesse tema, com acordos firmados no contexto de rodovias, portos, aeroportos, ferrovias, e o primeiro acordo interfederativo celebrado ente Mato Grosso e Bahia com a experiência de compra e venda de trens para a instalação do BRT em Salvador.

 

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O secretário de Controle Externo de Solução Consensual do TCU, Nicola Khoury, destacou que a solução consensual tem, ainda, o importante papel de finalizar os litígios judiciais já constituídos. Ou seja, representa uma forma de economia de recursos públicos.

"A gente tem casos de acordos homologados no TCU que resolveram R$ 40 bilhões em arbitragens em andamento, processos que foram encerrados e eliminaram risco de condenação da União em altos valores", exemplificou o secretário.

Além disso, Khoury ressaltou a capacidade de implementação quando as condições são construídas de forma conjunta. "É diferente da deliberação tradicional, em que o Tribunal determina algo que o gestor nem sempre entende que é a melhor solução e acaba judicializando. No caso do acordo, como todos participam, o que é pactuado é rapidamente colocado em execução", pontuou. 

Rede de consensualismo

Pela relevância do tema e pelo esforço para ampliar a prática de solução consensual nos tribunais de contas estaduais e municipais, o presidente da Atricon anunciou que será criada uma rede de consensualismo. A iniciativa servirá para estreitar o relacionamento entre os tribunais que já atuam nesse sentido e que desejam implementar a prática. A rede será um ambiente para troca de experiências e para aperfeiçoamento das normas que hoje regem os acordos firmados.

As apresentações e opiniões colhidas durante o seminário darão origem a uma resolução com as principais diretrizes, que deverão ser seguidas por esse grupo no desenvolvimento das ações de consensualismo. A partir do esforço coletivo, os tribunais terão condições de promover uma mudança de cultura, com olhar voltado para modernizar a respectiva atuação.




Assista à gravação do seminário na íntegra neste link.  

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