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TCU promove encontro sobre práticas de governança e aquisições públicas

Promovido pela Secretaria de Controle Externo de Aquisições Logísticas do TCU (Selog), o encontro apresentou resultados das principais ações de controle coordenados pelo tribunal referentes às aquisições públicas, os benefícios já alcançados com tais trab

Por Secom

Resumo

Promovido pela Secretaria de Controle Externo de Aquisições Logísticas do TCU (Selog), o encontro apresentou resultados das principais ações de controle coordenados pelo tribunal referentes às aquisições públicas, os benefícios já alcançados com tais trab

Senado Federal, Ministério do Planejamento e demais gestores participaram do encontro que discutiu avanços para a gestão pública.

Com o objetivo de promover melhorias na contratação de serviços e discutir práticas de governança, o Tribunal de Contas da União (TCU) realizou, no último dia 13, o Diálogo Público: Governança e Gestão das Aquisições Públicas. Promovido pela Secretaria de Controle Externo de Aquisições Logísticas do TCU (Selog), o encontro apresentou resultados das principais ações de controle coordenados pelo tribunal referentes às aquisições públicas, os benefícios já alcançados com tais trabalhos e as perspectivas para o controle externo. 

Durante a cerimônia de abertura do seminário, o presidente do TCU, ministro Aroldo Cedraz, enfatizou que no cenário atual a boa aplicação dos recursos do Estado tem papel de destaque, não só por conta do rigoroso ajuste fiscal, mas também porque a sociedade está mais vigilante e espera resultados efetivos da ação de seus representantes. “O cidadão tem deixado a passividade e exigido melhores serviços, a preços mais baixos, com mais qualidade e, sobretudo, transparência”, afirmou.

O presidente ainda reforçou o comprometimento do tribunal em dar respostas adequadas aos anseios da sociedade, atuando na detecção e correção de irregularidades na destinação do dinheiro público. Além disso, o TCU executa, desde 2007, trabalhos de caráter preventivo e pedagógico junto a esferas públicas. Foram realizadas diversas ações nas áreas de tecnologia da informação, meio ambiente, saúde, segurança, aquisições e recursos humanos. “Uma das formas de atuar preventivamente é disseminando boas práticas, advindas das variadas ações do controle. Isso evita desperdício de tempo e de recursos, ao passo que leva a ação estatal ao seu objetivo com a máxima eficiência”, concluiu o presidente.

Cerca de 300 gestores de diversas instituições públicas participaram do evento. A intenção do TCU é que a troca de experiências possa balizar as ações das entidades. Para o participante e coordenador da área de licitações e contratos do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Marcos França Soares, o debate do tema é de extrema relevância para conscientização da necessidade de planejar as contratações e criar um controle de risco mais apurado. “Temos acompanhado, por meio da Selog, as recomendações do TCU. Já implementamos ações nas áreas de informática e manutenção predial”, afirmou.

De acordo com o secretário de Controle Externo de Aquisições Logísticas, Frederico Julio Goepfert, o encontro mostra a disposição do TCU em dialogar com os gestores. “No passado, nós tínhamos um modelo mental que fazia o tribunal ser temido pelo seu poder repressivo. Esse modelo não existe, pois o TCU é um indutor de boas práticas. Nós estamos sempre à disposição para conversar com os gestores públicos”, ressaltou o secretário.

Palestras

Durante as palestras, foram apresentadas as práticas de governança implantadas no Senado Federal. De acordo com o coordenador do Escritório Corporativo de Governança e Gestão Estratégica, José Henrique Varanda, as ações desenvolvidas no Senado ajudaram a melhorar e fortalecer a gestão da Casa. “O processo de governança era muito descentralizado, o que caracterizava um nível de maturidade dos processos como iniciais ou caóticos. O que fizemos foi trabalhar em ações para trazer mais economia e transparência para os contratos”, disse.

Entre as ações destacadas por Varanda estão a criação de um comitê de aquisições e um planejamento anual para contratações e aquisições. “Nós resgatamos um nível expressivo de investimentos anual e reduzimos as despesas de custeio. O que a Casa define como estratégico é executado. Há um link claro entre o planejamento e a execução”, finalizou o coordenador.

Fiscalização de orientação centralizada

Durante o evento, o vice-presidente do TCU, ministro Raimundo Carreiro, falou sobre a fiscalização de orientação centralizada (FOC) que teve o objetivo de analisar as práticas de governança e de gestão de aquisições na administração pública federal. Os trabalhos buscaram avaliar se os contratos de manutenção predial na administração pública estão de acordo com a legislação pertinente e aderente às boas práticas. 

De acordo com o ministro, 14 organizações públicas, em seis Estados (Amapá, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina), foram avaliadas. O trabalho contou com o auxílio das secretarias de controle externo do TCU desses Estados.

Cerca de 24 possíveis achados técnicos foram mapeados e o volume de recursos fiscalizados foi de R$ 35 milhões. O ministro ressaltou que a auditoria não tem característica punitiva, mas serve como orientação para uma melhor gestão dos contratos públicos.

Esta é a segunda vez que o TCU faz este tipo de fiscalização, a primeira foi realizada em 2013 e teve como foco a terceirização de limpeza e vigilâncias das entidades. 

IGov Aquisições 

Na segunda parte do evento, o diretor Renato Braga, da Selog, palestrou sobre o Perfil da Governança e da Gestão das Aquisições (IGov Aquisições). Braga apresentou o resultado de trabalho iniciado pela Selog em 2013, que analisou o quadro da gestão de aquisições nos órgãos públicos. Nos últimos anos, segundo o diretor, iniciou-se um processo de mudança no funcionamento das aquisições pela administração pública, deixando a compra com o pensamento no menor preço e dando foco às propostas de maior qualidade e que atendam melhor às necessidades dos órgãos. Ele também citou a importância de transformar o mercado que vende para o setor público, exigindo maior qualidade dos produtos e serviços.

Ao final, Braga destacou os principais aspectos a serem seguidos na governança e gestão de aquisições, entre eles a capacitação de pessoal, o bom planejamento, o cumprimento de todas as obrigações contratuais e o uso de licitações que exijam qualidade e não limitem a competição.

Contratação de serviços terceirizados

O auditor do TCU Ítalo Pinheiro Figueiredo, da Selog, destacou os principais achados de fiscalizações feitas pelo tribunal em 2015 em 34 organizações sobre a contratação de serviços de limpeza, vigilância, transporte de pessoas e manutenção predial. De acordo com o trabalho, alguns dos problemas e riscos mais comuns levantados foram a contratação de mais ou menos postos de trabalho do que o necessário, a falta ou sobra de materiais na execução do contrato e contratação de empresas incapazes de executar as demandas. Ele também apresentou recomendações importantes na contratação de serviços terceirizados, como a definição de métodos de cálculos para a quantidade de materiais e postos de trabalhos, a definição de métodos para a estimativa de preços de produtos e serviços e a avaliação dos riscos de contratação.

Em seguida, o secretário de Gestão do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Gleisson Cardoso Rubin, discursou sobre a governança das aquisições, os riscos que o ministério encontrou nas contratações de TI, as inovações e o futuro das aquisições no setor público.

Segundo Rubin, o aperfeiçoamento da governança das aquisições depende do alinhamento das diretrizes, das estruturas organizacionais, dos processos, dos mecanismos de controle e a necessidade de cada organização. Em relação aos riscos nas contratações de TI, o secretário destacou a ausência de plano de aquisições, a inexistência de modelos de processos de trabalho e a ausência de mensuração dos bens e serviços entregues. Ao final, o secretário   ressaltou que o aperfeiçoamento do resultado da gestão de aquisições é fruto da contribuição colaborativa dos órgãos públicos.

Amadurecimento das contratações públicas 

O coordenador de Normas de Contratações de TI, da Secretaria de Tecnologia da Informação (STI) do Ministério do Planejamento, Daniel Portilho Troncoso, deu sequência às palestras falando sobre a infraestrutura de normas, informações, guias e formação de servidores criada pela STI. 

Troncoso apresentou os trabalhos do ministério como o Sistema de Administração dos Recursos de Tecnologia da Informação (Sisp) e citou os decretos e instruções normativas que regem as ações de governança digital.

Para encerrar o evento, a coordenadora-geral de Normas do Ministério do Planejamento, Andréa Ache, os palestrantes e o moderador do evento, Frederico Goepfert, formaram uma roda de debates sobre os temas discutidos no evento e responderam perguntas enviadas pelo público.

Os diálogos públicos são eventos promovidos pelo Tribunal de Contas da União com o objetivo de trocar informações e conhecimentos com a sociedade, o Congresso Nacional e os gestores públicos. Com isso, pretende-se modernizar a gestão do TCU e aperfeiçoar o controle externo, de modo a induzir melhorias no País.

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Outras edições do seminário serão realizadas nos seguintes locais e datas:

Florianópolis (SC) - 27 de setembro Curitiba (PR) - 29 de setembro Macapá (AP) - 8 de novembro Belém (PA) - 10 de novembro Belo Horizonte (MG) - 22 de novembro Porto Alegre (RS) - a confirmar - 24 de novembro

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