Tribunal apresenta inovações tecnológicas para delegação da África do Sul
Reunião destacou plataforma Análise de Licitações e Editais (Alice) e a transformação digital na auditoria de contratações públicas no Brasil
Por Secom

O Tribunal de Contas da União (TCU) recebeu, na última terça-feira (23/9), delegação da África do Sul da Cooperação Alemã GIZ (Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit) e parceiros para compartilhar experiências no uso de tecnologia na fiscalização de contratações públicas. O encontro apresentou a plataforma de Análise de Licitações e Editais (Alice), ferramenta de inteligência artificial do TCU que analisa editais e atas de pregões eletrônicos no Portal de Compras do Governo Federal.
A reunião foi conduzida pelo secretário de Relações Internacionais do TCU, Hugo Chudyson Freire. Ele ressaltou a importância da cooperação com instituições internacionais de diferentes países para enfrentar desafios comuns e avançar na governança pública. "Nossa atuação internacional reforça a importância da cooperação e da troca de boas práticas. Mais do que apresentar resultados, buscamos promover o compartilhamento de experiências que enriqueça todos os participantes", disse.

Na abertura da programação técnica, o auditor Luiz Rodrigo Airosa Castro apresentou como o Tribunal vem utilizando tecnologia para transformar a fiscalização de contratações públicas. Ele explicou que fiscalização contínua permite ao TCU atuar antes da execução da despesa, prevenindo problemas e mudando a relação com os gestores públicos, que passaram a enxergar a instituição não mais como adversária, mas como parceira. Nesse processo, destacou que a plataforma Alice se consolidou como ferramenta central, analisando diariamente licitações para prevenir fraudes, economizar recursos e reforçar a governança pública. "Com a plataforma, monitoramos diariamente os processos de licitação no Compras.gov.br, identificando potenciais irregularidades e contribuindo para que a administração pública economize e entregue melhores resultados", disse.

Na sequência, os auditores Aloísio Dourado e Rogério Sampaio Boaventura detalharam a trajetória de evolução da plataforma Alice, que começou como projeto experimental, com equipe reduzida e foco em detecção preliminar de inconsistências em licitações. Os auditores do TCU explicaram que, com o tempo, a ferramenta ganhou sofisticação. Na versão Alice 3.0, passou a analisar descrições de produtos e serviços. Já na Alice 3.6, incorporou métodos mais avançados de análise automática, permitindo reduzir inconsistências e melhorar a padronização dos dados. Entre os principais desafios, eles destacaram a diversidade de nomenclaturas para os mesmos itens e a necessidade de acesso a bases integradas que partiram de negociações com órgãos como o Ministério da Gestão e da Inovação.
A delegação sul-africana participou ativamente do encontro, trazendo perguntas sobre a aplicação prática da Alice, os desafios de integração de dados e as formas de cooperação entre órgãos de controle e gestores públicos. As interações reforçaram o interesse em adaptar experiências brasileiras à realidade local e abrir espaço para futuras parcerias voltadas ao fortalecimento da fiscalização de contratações públicas.
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