Ao encerrar o V Fórum Nacional de Controle, que abordou o tema “Educação pós-pandemia: desafios e oportunidades”, o ministro Augusto Nardes defendeu que o governo federal priorize a educação e estabeleça uma recuperação imediata nas áreas de infraestrutura e saúde para a nação voltar a crescer. “Estamos saindo de uma pandemia, vivendo uma guerra social com mais de 20 milhões de brasileiros passando fome. Não podemos deixar de atender as necessidades mais básicas de sobrevivência da população”, destacou.

Em dois dias de realização, o Fórum promoveu cinco painéis que levantaram entre especialistas discussões sobre o papel das novas tecnologias na educação, a quantidade de obras de instituições de ensino paradas no Brasil, os desafios e perspectivas da atuação das instituições federais de ensino superior na promoção do desenvolvimento e da inclusão social, a importância do Centro de Governo na educação e a formação de capital humano para a inovação.

O evento teve mais de duas mil visualizações no Youtube. Por causa da pandemia, os debates aconteceram em formato híbrido, com transmissão pelo canal do TCU no Youtube e participações presenciais no Instituto Serzedello Corrêa, limitadas a 150 pessoas.

Acompanhe aqui os debates da manhã do dia 5/11 e o encerramento do Fórum

O objetivo do Fórum foi integrar as instituições de controle dos três entes da Federação e os diversos atores públicos e privados, com vistas a compartilhar informações, disseminar boas práticas e buscar soluções inovadoras e disruptivas para transformar a educação no Brasil.

Painéis

Na manhã de sexta-feira (5/11), os especialistas convidados pelo TCU debateram a importância do Centro de Governo na educação e a formação de capital humano para a inovação. O quarto painel começou com a palestra do secretário especial de Relações Governamentais da Casa Civil da Presidência da República, Bruno Cesar Grossi de Souza, que apresentou o Centro de Governo existente na Presidência da República que trabalha na formatação do Comitê Interministerial de Governança.

“Esse comitê interage com os outros órgãos no sentido de que cada órgão estruture conselhos setoriais de governança. Hoje temos conselhos implementados em praticamente todos os órgãos”, disse. Segundo ele, são reflexões sobre Governança na área de Educação: a autonomia das entidades versus a estrutura de Governança do Centro de Governo, a inovação num contexto de restrição fiscal e proteções constitucionais versus melhorias de gestão e eficiência.

“Já está sendo feita a transversalidade entre os ministérios, o que é muito importante”, elogiou o ministro Augusto Nardes. “Há anos eu venho insistindo: tem que ter um Centro de Governo para priorizar as ações. Quatro anos de governo passam muito rápido, se não tiver organizado e solidificado o que que se fazer, não se faz nada, só se arruma a casa”, afirmou.

Também palestraram no painel a auditora interna do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) Patrícia Alvares, a consultora da área de educação da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) Mariza Abreu, e o secretário executivo adjunto do Ministério de Meio Ambiente, Daniel Catelli.

No último painel do Fórum de Controle, os especialistas discutiram como atrair e reter talentos e formar capital humano. “O desenvolvimento de capital humano é fator determinante para o incremento da inovação e melhoria de competitividade do Brasil. Dessa forma, é imprescindível que tanto o estado quanto o setor produtivo dediquem esforços para a formação qualificada de pessoas e a retenção de talentos”, disse o presidente da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon), Fábio Túlio Nogueira, que mediou o debate.

Participaram, ainda, o presidente da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação (CNE), Joaquim José Soares Neto, o professor adjunto do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), Thiago Caliari, a coordenadora do Embrapii, Cristiane Rauen, o subsecretário de Capital Humano do Ministério do Trabalho, Rodrigo Zerbone, e a diretora-presidente do Centro de Inovação Para Educação Brasileira (CIEB), Lúcia Gomes Vieira Dellagnelo.

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