TCU inaugura exposição "Línguas africanas que fazem o Brasil"
No Mês da Consciência Negra, projeto é uma parceria do Tribunal com o Museu da Língua Portuguesa e propõe imersão na formação cultural e linguística do país
Por Secom

A partir de 13 de novembro, o Tribunal de Contas da União (TCU) convida o público a mergulhar na formação cultural da língua portuguesa falada em território nacional com a exposição "Línguas africanas que fazem o Brasil". A mostra tem curadoria do músico e filósofo Tiganá Santana e será inaugurada no mês da Consciência Negra. Sob realização do Centro Cultural TCU, em Brasília (DF), a exposição fica em cartaz até 18 janeiro de 2026, com visitação gratuita de segunda a domingo, das 9h às 18h.
O projeto reúne obras, objetos e projeções que evidenciam a profunda contribuição das línguas e culturas africanas - como o quimbundo, o quicongo, o umbundo, o iorubá e o fon - para a consolidação da nossa identidade e das características da língua portuguesa falada no Brasil.
A mostra é realizada em parceria com o Museu da Língua Portuguesa, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo de São Paulo, e está instalada na Galeria Marcantonio Vilaça, no Centro Cultural TCU. A iniciativa conta com patrocínio do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e apoio do Sindilegis.
Presença africana
As palavras carregam histórias para além de seu significado no dicionário. São narrativas que versam sobre a identidade de um povo e seus laços ancestrais. Seja na entonação, no vocabulário, na pronúncia ou na forma de construir o pensamento, as línguas africanas têm participação decisiva na configuração do português falado no Brasil.
Se, por um lado, palavras como "axé" e "acarajé" são associadas diretamente a dialetos da África, outras como "fofoca", "caçula", "moleque" e "marimbondo", apesar de serem corriqueiras e de origem africana, não são associadas ao continente.
Para além de explicar a origem dessas expressões, a exposição "Línguas africanas que fazem o Brasil" chega para propor outros olhares e outras reflexões, revelando a presença da cultura afro em diferentes manifestações culturais brasileiras, como a música, a arquitetura e as festas populares.
Entre cores, formas e símbolos, a mostra conta com obras de importantes nomes da arte brasileira como Aline Motta, Rebeca Carapiá, Antonio Obá, Dalton Paula, Goya Lopes e Leni Vasconcellos. A partir de instalações, fotografias, objetos, esculturas, vídeos e telas, forma-se uma cartografia das palavras e do legado ancestral que compõe o tecido social brasileiro.
Visitas mediadas agendadas
O Centro Cultural TCU pretende promover a arte e a cultura como instrumentos para fortalecer a cidadania, a memória institucional e a transparência pública. Por isso, a mostra integra o Programa Educativo do Centro Cultural TCU, que promove ações voltadas à mediação cultural, oficinas, formações e conteúdos acessíveis. O foco é a formação de públicos diversos, com ênfase em estudantes e comunidades do Distrito Federal.
É possível agendar visitas mediadas para o público espontâneo ou grupos, por meio do telefone (61) 3527-5221 ou pelo e-mail programaeducativo@tcu.gov.br. 
Memória institucional e educação
Paralelamente à exposição, o Museu do TCU, Ministro Guido Mondin, apresenta "TCU em Dois Tempos: 135 anos de história". A mostra destaca a trajetória da Corte de Contas desde sua fundação, no Rio de Janeiro de 1890, até os dias atuais, em Brasília (DF). Documentos, objetos e registros compõem o acervo exposto, dividido em dois núcleos temáticos.
Serviço:
Exposição: Línguas africanas que fazem o Brasil
Data: de 13 de novembro de 2025 a 18 de janeiro de 2026
Local: Centro Cultural TCU
Endereço: Setor de Clubes Sul, Trecho 3 - Brasília (DF)
Visitação: de segunda-feira a domingo, das 9h às 18h.
ENTRADA FRANCA | Classificação livre
Informações e agendamento para visitas educativas: (61) 3257-5221
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Atendimento ao cidadão - e-mail: ouvidoria@tcu.gov.br