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TCU apresenta relatório sobre tendências globais para instituições superiores de controle

Reunião técnica com membros do Comitê Supervisor sobre Questões Emergentes da INTOSAI foi realizada no Cairo, capital do Egito

Por Secom

Na terça-feira (29/10), o Tribunal de Contas da União (TCU) conduziu reunião técnica com membros do Comitê Supervisor sobre Questões Emergentes (SCEI, do inglês Supervisory Committee on Emerging Issues), da Organização Internacional das Instituições Superiores de Controle (INTOSAI). O encontro foi realizado no Cairo, capital do Egito.

Durante o encontro do Conselho Diretivo da INTOSAI, realizado na segunda-feira (28/10), foi aprovado o Relatório sobre tendências globais e implicações futuras para as instituições superiores de controle (ISC), elaborado pelo SCEI. O documento apresenta os possíveis riscos e impactos de grandes mudanças que devem continuar a afetar o mundo nos próximos 15 anos. Além disso, identifica oportunidades para que as ISC aprimorem a capacidade de contribuir para uma governança pública sustentável.

O SCEI tem a responsabilidade de identificar e monitorar questões emergentes que possam interferir nos resultados das ISC e da própria INTOSAI. O objetivo é possibilitar a reavaliação e adaptação constante das metodologias de trabalho, para detectar e mitigar riscos antes que os problemas se agravem.

No início da reunião do SCEI, o ministro Bruno Dantas, presidente da INTOSAI, convidou os presidentes das ISC e dos comitês da organização (Goal Chairs Committes) a contribuírem a respeito de temas relacionados às sete tendências globais para serem considerados na próxima chamada de pesquisa Centro de Altos Estudos (CASt), que integra a estrutura do SCEI.

A segunda parte do encontro técnico foi conduzida pelo especialista da Secretaria de Relações Internacionais (Serint) do TCU Luciano Danni e pelo titular da Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (Seplan), Leonard Renne. Nessa oportunidade, os presidentes de comitês foram convidados a discutir medidas concretas para avançar na análise das implicações das tendências apontadas no relatório do SCEI e na identificação de produtos e orientações que o comitê pode prover para a ISC.

Segundo o titular da Seplan, Leonard Renne, “essa iniciativa é fundamental para que as ISC se preparem para os desafios e oportunidades futuras. As tendências impactam a governança global, os recursos públicos e a confiança do cidadão, tornando a previsão uma ferramenta essencial. Nosso papel é entender, adaptar e responder a essas mudanças para garantir uma governança robusta e a gestão sustentável dos recursos públicos”.

Luciano Danni, avaliando o papel das ISC, destaca que, “à medida que essas tendências globais continuam a se desdobrar, o papel das instituições torna-se ainda mais crucial. A previsão não é sobre prever o futuro, mas sobre se preparar para ele. Assim, podemos antecipar riscos, melhorar a governança e garantir melhores resultados para nossas sociedades. Juntos, temos o poder de transformar incertezas em oportunidades, guiando nossas instituições em direção a um futuro mais brilhante e sustentável”.

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Sobre o relatório de tendências globais

O relatório traz avaliações sobre sete temas centrais para as ISC: confiança nas instituições; desafios econômicos e dívida; transformação digital; mudanças climáticas; lacuna demográfica, migração global; e desigualdades.

A análise mostra que a confiança global nos governos caiu para 50% em 2022, sendo que a confiança nos líderes governamentais está em 41%. Diversos fatores são apontados como importantes para a questão, como a transparência política, a estabilidade social e a disseminação de desinformação. As ISC têm a missão de ajudar a aumentar a transparência e o engajamento dos cidadãos, além de aplicar práticas baseadas em evidências para reconstruir a confiança nas instituições.

Em relação às mudanças climáticas, o relatório destaca que os desastres relacionados ao clima causaram perdas econômicas de 1,5 trilhão de dólares entre 2010 e 2019. O aquecimento global está em 1,2°C, com 80% de chance de ultrapassar 1,5°C até 2028. A situação exige que as ISC fortaleçam práticas de auditoria ambiental e avaliem as ações governamentais em mitigação e adaptação climática.

Outra tendência se refere ao crescimento da desigualdade social. Atualmente, os 10% mais ricos da população mundial possuem 76% da riqueza global. Além disso, a igualdade de gênero levará 131 anos para ser alcançada no ritmo atual. Impactam nessas questões a eficácia das políticas para reduzir desigualdades. As instituições superiores de controle devem auditar políticas de inclusão e igualdade de recursos para ajudar a superar o problema.

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Acesse no portal do TCU a íntegra do relatório em inglês: Navigating global trends: future implications for supreme audit institutions, que detalha as sete tendências globais.

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