TCU realiza estudos sobre aspectos econômicos e sociais do Estado de Alagoas
Trabalho fará parte do FiscNordeste, um levantamento que consolidará informações sobre os estados da região
Por Secom
Resumo
Trabalho fará parte do FiscNordeste, um levantamento que consolidará informações sobre os estados da região
O Tribunal de Contas da União (TCU) realizou levantamento de auditoria com o objetivo de obter uma visão abrangente sobre a situação geográfica e econômico-social do Estado de Alagoas. O trabalho compõe o FiscNordeste, consolidação de fiscalizações sobre o tema “desenvolvimento”, em andamento no tribunal.
A auditoria identificou deficiências no capital humano do Estado, como altos índices de analfabetismo, baixa qualificação da mão de obra local e baixa qualidade da educação básica oferecida pela rede pública de ensino. Foi constatado ainda que apenas 18% dos municípios alagoanos contam com coleta de esgoto, enquanto o percentual nordestino chega a ser superior a 22%. O índice nacional é de 48,6%.
Quanto ao abastecimento de água para a população urbana, o percentual do Estado é de 90,7%, superior ao da Região Nordeste, de 89,8%, mas inferior ao indicador nacional, de 92,9%. O Estado apresentou a maior taxa de homicídios do país em 2013, de 58,5 por 100 mil habitantes, embora tenha havido uma redução em relação a 2011, quando a taxa era de 74,5 por 100 mil habitantes.
Entre os fatores que impedem o desenvolvimento do Estado, a auditoria constatou problemas de governança e gestão, principalmente no que se refere à baixa capacidade de investimento do Estado e dos municípios e às deficiências desses governos no planejamento e na implementação de políticas públicas. A desarticulação entre os diversos órgãos que atuam visando a indução do desenvolvimento no Estado também foi verificada.
Outro ponto relevante identificado pelo levantamento do tribunal foi a importância dos mecanismos de transferência de renda do Governo Federal para a melhoria dos indicadores sociais de Alagoas. Foi observada uma alta dependência do Estado e de seus municípios em relação aos auxílios federais, principalmente na área da educação.
O relator do processo, ministro José Múcio, salientou que “a preponderância do gasto público de origem federal reforça a importância da atuação do TCU e de demais órgãos de controle no sentido de assegurar que a utilização de tais recursos seja eficiente e possa fomentar o desenvolvimento econômico e social de Alagoas”.
As informações colhidas na auditoria serão utilizadas como parâmetro na definição de áreas prioritárias em futuros trabalhos do tribunal.
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Serviço: Leia a íntegra da decisão: Acórdão 2892/2015 - Plenário
Processo: 13.388/2015-0
Sessão: 11/11/2015
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