Notícias

Tribunal recebe pedido de solução consensual para contrato da Transnordestina

Comissão de Solução Consensual coordenada pelo TCU vai estudar ajustes nas condições do contrato da Malha Nordeste de ferrovias da chamada Nova Transnordestina

Por Secom

ALJ_9815.JPG

Nesta quarta-feira (4/6), o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), ministro Vital do Rêgo, assinou o termo de admissibilidade de Solicitação de Solução Consensual da Ferrovia Transnordestina Logística (FTL). O pedido de solução consensual, formulado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) ao TCU, busca ajustar condições do contrato para a Malha Nordeste de ferrovias da chamada Nova Transnordestina. Agora, o processo passa pela análise do ministro Walton Alencar Rodrigues, que relata processos no Tribunal que possuem conexão com tema.

A extensão original do trecho concedido é de 4.238 km, atravessando os estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas. No entanto, o trecho em operação possui 1.237 km, ou seja, o transporte de cargas é efetuado somente entre São Luís, Teresina e Fortaleza.

“Este é um momento muito simbólico porque, por meio da consensualidade, conseguimos fazer uma construção coletiva que busca soluções para litígios de décadas. A Transnordestina é um sonho de todos os nordestinos e uma virada de página na produtividade da região. A partir da admissibilidade, esperamos chegar a um acordo que sirva da melhor forma ao país”, afirmou Vital.

O ministro dos Transportes, Renan Filho, o senador Veneziano Vital do Rêgo, o presidente da Transnordestina, Tufi Daher Filho, o diretor-presidente da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), Davi Barreto, e o diretor da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) Ismael Trinks participaram da audiência. Pelo TCU, estiveram presentes a secretária-geral de Controle Externo, Juliana Pontes, o chefe de Gabinete da Presidência, Ricardo Gaban, o secretário de Controle Externo de Solução Consensual e Prevenção de Conflitos, Nicola Khoury, e auditores da Casa.

O ministro Renan Filho destacou que as soluções consensuais são importantes para o desenvolvimento do país. “Com o entendimento do TCU, temos conseguido encontrar saída para contratos desequilibrados, o que é uma virada de página para o Brasil. Vivemos um novo momento e isso só está acontecendo em razão da credibilidade que o Tribunal oferece ao processo e pelo modelo que garante transparência, legalidade, impessoalidade e publicidade”, ressaltou.

As controvérsias que serão objeto de discussão incluem a prorrogação antecipada da concessão por mais 35 anos, a devolução de trechos não operacionais (69% da malha) e a definição de indenização por esses segmentos. Além disso, serão analisados investimentos para construção de Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) em Arapiraca (AL) e Campina Grande (PB) e aplicação de recursos na ferrovia em curto prazo. Também serão feitos estudos sobre a modernização do contrato para incorporar avanços regulatórios.

O senador Veneziano Vital do Rêgo reforçou que a iniciativa busca resolver questões sensíveis para a região. “Essa é uma iniciativa vibrante, que trabalha pela resolução de problemas que nós não imaginávamos mais que seriam solucionados. E é isso que desejamos: que o Brasil volte a ter avanços”, pontuou o parlamentar.

ALJ_9910.JPG

Comissão de Solução Consensual

Com a admissibilidade do pedido, uma Comissão de Solução Consensual será formada sob a coordenação da Secretaria de Controle Externo de Solução Consensual e Prevenção de Conflitos do TCU (SecexConsenso). Equipes técnicas do Tribunal e representantes do Ministério dos Transportes, da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e da Ferrovia Transnordestina Logística (FTL) compõem o grupo.

As discussões buscam analisar se as alterações no contrato podem ser feitas, e quais são as condições mais vantajosas para a população e que atendam ao interesse público. Nesse sentido, a construção de eventual solução prevê a avaliação de riscos e benefícios legais, técnicos e econômicos.

A comissão tem 90 dias para desenvolver a solução e, caso haja proposta, é aberto prazo de 15 dias para manifestação do Ministério Público junto ao TCU (MPTCU). Depois disso, o ministro-relator tem 30 dias para levar a solução ao Plenário do TCU.

SecexConsenso

O TCU criou a Secretaria de Controle Externo de Solução Consensual e Prevenção de Conflitos (SecexConsenso) em dezembro de 2022. A iniciativa busca contribuir para a efetividade das políticas públicas e a segurança jurídica e reflete o esforço do Tribunal em buscar soluções eficientes, construídas de maneira colaborativa e envolvendo a sociedade e entes públicos. Para acompanhar os processos de solução consensual no TCU, acesse: https://portal.tcu.gov.br/solucao-consensual.

___________________________________________

SERVIÇO

Secom – AW/pc

Atendimento à imprensa - e-mail: imprensa@tcu.gov.br

Atendimento ao cidadão - e-mail: ouvidoria@tcu.gov.br