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30 - Ministro Alberto Hoffmann

30 - Ministro Alberto Hoffmann

 

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Foto: integralismo.org.br

 

Nascimento: 30/11/1920

UF: Rio Grande do Sul

Posse no cargo de ministro: 18/05/1983

Relator das contas de governo: 1984

Aposentadoria: 12/03/1990

Falecimento: 09/01/2014

Antecessor: Henrique de La Rocque Almeida

Sucessor: Olavo Drummond

Presidência do TCU: 1988 e 1989

 

Alberto Hoffmann, um proeminente contador e economista ficou conhecido por sua significativa contribuição à vida social, econômica e política de sua cidade natal, Ijuí-RS. Ele desempenhou diversos papéis notáveis em sua comunidade, incluindo o cargo de Secretário da Associação Comercial local e a Presidência da Sociedade Ginástica Ijuí.

Após o declínio do Estado Novo, Alberto Hoffmann, que desde jovem nutria um interesse fervoroso pela política e estava decidido a ingressar nesse campo, iniciou sua jornada política. Durante uma visita a Ijuí, ele teve a oportunidade de ouvir um discurso do Dr. Wolfram Metzler, um respeitado médico e ex-membro da Ação Integralista Brasileira (AIB), que também era um dos principais líderes do Partido de Representação Popular (PRP) no Rio Grande do Sul. Alberto Hoffmann havia lido e admirado os escritos de Plínio Salgado, o principal teórico do Integralismo e presidente do PRP. Foi assim que ele se filiou ao PRP, considerando que o programa e a doutrina desse partido estavam mais alinhados com seus valores e ideais.

Em 1950, ele foi eleito deputado estadual pelo PRP e serviu em três mandatos: de 1951 a 1955, de 1955 a 1959 e de 1963 a 1967. Durante esse período, ele também ocupou a presidência da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, demonstrando liderança dinâmica e recebendo o reconhecimento de seus colegas e da comunidade. Ali, teve como companheiros os deputados Nestor Pereira, Helmuth Closs e Guido Mondin, de quem se tornou amigo.

Além de sua atuação como deputado estadual, Alberto Hoffmann serviu como deputado federal pelo Rio Grande do Sul em cinco mandatos, abrangendo os anos de 1959 a 1983, com um intervalo para exercício como deputado estadual de 1963 a 1967. Ele se afastou do cargo parlamentar em algumas ocasiões para exercer funções no Poder Executivo estadual, ocupando cargos como Secretário da Agricultura, Secretário da Economia e Secretário do Interior, Desenvolvimento e Obras Públicas.

Em 1983, por nomeação do Presidente da República, General João Baptista Figueiredo, Alberto Hoffmann assumiu o cargo de Ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), após a aprovação do Senado. Como ministro do TCU, uma de suas notáveis realizações foi a implementação de mecanismos para simplificar a distribuição de recursos do Fundo de Participação dos Municípios e do Fundo de Participação dos Estados, garantindo que os pagamentos fossem realizados no mesmo dia, por meio do Banco do Brasil, em todo o território nacional. Seu mandato como ministro do TCU coincidiu com uma crescente presença do órgão na vida pública nacional, refletindo a demanda da sociedade por maior transparência e responsabilidade nos assuntos governamentais.

 

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Foto: Acervo do Museu Guido Mondin (TCU)

Posse como presidente do TCU

 

Após sua aposentadoria no tribunal, Alberto Hoffmann ocupou a posição de suplente no Senado, preenchendo a vaga deixada por Carlos Alberto Chiarelli, de abril a dezembro de 1990. Além de suas atividades políticas, Hoffmann foi um dos fundadores da Associação Cívico-Cultural Minuano e presidente dessa organização. Ele desempenhou um papel fundamental na criação do Centro de Documentação sobre a Ação Integralista Brasileira e o Partido de Representação Popular (CD-AIB/PRP), onde também atuou como seu presidente.

O Ministro Alberto Hoffmann recebeu uma série de condecorações ao longo de sua carreira, demonstrando seu comprometimento e contribuições notáveis para a sociedade e para o Brasil. Entre essas honrarias, destaca-se a Grã-Cruz do Mérito da República Federal da Alemanha, um reconhecimento internacional por seu trabalho e dedicação. Além disso, em 1999, ele foi agraciado com a Medalha comemorativa do Sesquicentenário de Rui Barbosa. Por fim, em 2005, o próprio Tribunal de Contas da União conferiu a Alberto Hoffmann o prestigioso Grande Colar do Mérito, em reconhecimento de sua destacada atuação como ministro, fortalecendo ainda mais sua reputação como um servidor público exemplar. Suas condecorações refletem a importância de sua trajetória e de seu compromisso com o serviço público e a sociedade.

 

Fontes:

BARBUY, Victor Emanuel Vilela. Alberto Hoffmann, in memoriam. Disponível em: https://integralismo.org.br/personalidades/alberto-hoffmann-in-memoriam/. Acesso em: 27 out. 2023.

BRASIL. Senado Federal. Senadores: Senador Alberto Hoffmann. Disponível em: https://www25.senado.leg.br/web/senadores/senador/-/perfil/2837. Acesso em: 7 nov. 2023.

BRASIL. Tribunal de Contas da União. Centenário dos ministros: Alberto Hoffmann. Brasília, DF: Serviço de Gestão Cultural, 2020. Disponível em: https://portal.tcu.gov.br/data/files/D3/00/76/99/33A94810B4FE0FF7E18818A8/Centenario%20Ministro%20Alberto%20Hoffmann.pdf. Acesso em: 7 nov. 2023.

BRASIL. Tribunal de Contas da União. Ministros do Tribunal de Contas da União: dados biográficos: 1893-2017. 8. ed. Brasília: TCU, Serviço de Gestão Cultural, 2017. p. 212-215. Disponível em: https://portal.tcu.gov.br/data/files/1D/23/E4/92/B7D5671023455957E18818A8/Ministros_Tribunal_Contas_Uniao_8_edicao.pdf. Acesso em: 27 out. 2023.