Museu do Tribunal de Contas da União
Min Agenor Lafayette de Roure (1922-1934)
O ministro Agenor Lafayette de Roure nasceu no dia 28 de fevereiro de 1869, na cidade de Nova Friburgo, no interior do Rio de Janeiro, a 136 quilômetros da capital. Seus pais foram Ernesto de Roure e Angelina de Roure, ambos suíços. Em sua carreira profissional dedicou-se ao jornalismo e teve uma participação ativa dentro da política. Também foi autor de obras que tratavam de diversos temas, inclusive historiográficos e contábeis.
Mudou-se para o Rio de Janeiro onde deu início à vida acadêmica na Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro, em Odontologia. Não chegou a exercer a profissão, entretanto, passou a trabalhar com jornalismo aos 20 anos de idade no periódico Jornal do Brasil entre 1892 e 1893.
Devido a sua competência, Agenor de Roure, cresceu no ramo jornalístico trabalhando em diversos jornais, nos quais chegou a exercer as funções de jornalista, tipógrafo e redator.
Como jornalista, atuou de 1895 a 1897 escrevendo crônicas parlamentares para a publicação O País. Entre 1898 e 1903 foi o redator-secretário do jornal Tribuna, ascendendo no ano seguinte ao cargo de redator no Jornal do Comércio onde permaneceu até 1919.
Desde cedo, teve simpatia pelas questões ligadas à formação da identidade brasileira e também a sua cidade natal, Nova Friburgo. Por causa desse interesse, foi membro do Instituto Histórico Geográfico Brasileiro (IHGB) de 1917 a 1924, no qual ocupou o cargo de segundo-secretário – no ano de sua saída recebeu o título de Sócio Honorário. Como representante do IHGB, compôs a comissão designada pelo Governo Provisório, para elaborar o anteprojeto da nova Constituição, e foi enviado à Terceira Assembleia Constituinte.
A essa altura, já estava construindo uma profícua carreira pública como secretário do presidente da Câmara dos Deputados em 1918, e do Presidente da República, a convite de Epitácio Pessoa, entre 1919 e 1922.
Em meio a essa trajetória, foi nomeado ministro do Tribunal de Contas em 22 de novembro de 1922. Durante onze anos, Agenor de Roure atuou no egrégio Tribunal com eficiência e destreza em relação aos gastos públicos. Foi eleito presidente deste Tribunal no ano de 1931, tendo como vice o ministro Francisco de Paula de Barros Lima, cumprindo o mandato completo até 1934.
Com a vitória da Revolução de 1930, foi chamado para ocupar o cargo de ministro da Fazenda da Junta Governativa em 25 de Outubro de 1930. Contudo, não permaneceu no posto por muito tempo e pediu afastamento em 04 de novembro de 1930.
Aposentou-se do Tribunal de Contas no dia 20 de outubro de 1934. Deixou a capital e passou a residir em Petrópolis, onde veio a falecer no dia 18 de março de 1935. Foi casado com Antonia Gurgel do Amaral.