Museu do Tribunal de Contas da União
Min Alfredo Octavio de Mavignier (1938)
O ministro Alfredo Otávio Mavignier nasceu em Recife no dia 20 de outubro de 1877. Filho do coronel Luís Augusto Rubim de Mavignier e Cecília dos Santos de Mavignier, construiu sólida carreira na magistratura e na política brasileira do início do século XX.
Fez seus estudos iniciais na cidade do Recife e ingressou na Faculdade de Direito do Recife ainda muito jovem, bacharelando-se em Ciências Sociais e Jurídicas no ano de 1896. Em seguida deu início a sua carreira no serviço público como promotor de Justiça na Comarca de Inhaúma, em Minas Gerais.
Enquanto estudante, colaborou entre os anos de 1893 e 1894 com o jornal O Combate, pertencente ao Partido Autonomista de Recife. Sua ligação com os jornais viria se repetir no período em que trabalhou no Mato Grosso, quando escreveu para O Rebate, O Estado, e A Coligação.
Em 1898 tornou-se juiz municipal na referida Comarca e no ano seguinte juiz municipal da Comarca do Rio da Pomba, no mesmo estado. Em 1901 realizou nova mudança e passou a exerce a função de promotor público na Comarca de Ubá, e no ano seguinte assumiu o posto de juiz de direito da mesma localidade.
Ainda em 1902 foi juiz de direito da Comarca de Santo Antônio do Monte, também em Minas Gerais. No ano seguinte continuou sua carreira na magistratura, mas dessa vez no estado do Mato Grosso. Tornou-se, em 1903, promotor de Justiça e procurador-geral em Cuiabá, e, em 1904, juiz de direito na Comarca de Rosário, no mesmo estado.
Foi também chefe interino de polícia em 1904 e desembargador do Tribunal da Relação em 1908, ainda em Mato Grosso. A trajetória na magistratura construída nesse estado o encorajou a ingressar na política, sendo eleito deputado federal e exercendo seu mandato entre os anos de 1912 e 1918.
Nesse período ocupou as funções de 2º e 4º secretário da Mesa da Câmara dos Deputados, além de ter sido membro de duas Comissões Especiais da Câmara dos Deputados, instituídas entre os anos de 1912 e 1913 para apreciar e relatar as disposições do projeto do Código Civil Brasileiro.
Mesmo reeleito em 1918, abriu mão do seu cargo para exercer a cargo de auditor no Tribunal de Contas. Trabalhou nessa função por duas décadas, quando foi indicado pelo presidente Getúlio Vargas em 1938 para o cargo de ministro desta Corte, e se aposentou apenas alguns meses depois.
O ministro Alfredo Mavignier faleceu em 7 de agosto de 1959.