Museu do Tribunal de Contas da União
Min Camillo Soares de Moura Filho (1918-1938)
O Ministro Camillo Soares de Moura Filho nasceu em Ubá (MG), em 29 de outubro de 1869. Filho de Camilo Soares de Moura – agricultor e coronel da Guarda Nacional – e de Amélia Peixoto Soares – filha de família com grande tradição na política mineira –, construiu uma importante carreira no meio jurídico e político no estado de Minas Gerais durante as primeiras décadas do século XX.
Realizou seus estudos na Faculdade de Direito de São Paulo, onde se tornou bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais em novembro de 1889. Deu início a sua carreira profissional logo em seguida, trabalhando como promotor de justiça, depois como juiz municipal e juiz de direito substituto na cidade de Ponte Nova em Minas Gerais.
Foi promovido a juiz de direito e atuou durante algum tempo nas Comarcas de Manuí e Manhuaçu, ambas em Minas Gerais.
Embora tenha construído uma carreira sólida na magistratura, optou por renunciá-la e retornar ao município de Ponte Nova, onde passou a advogar. Daí em diante deu-se de maneira muito rápida seu ingresso na vida política. Com apenas 25 anos tornou-se deputado estadual, cargo que exerceu no período 1894-1897.
Em 1903 foi eleito deputado federal, exercendo seu mandato até 1908, quando saiu para assumir o cargo de prefeito de Caxambu (MG) entre o período de 1909 a 1914. Em 1917 tornou-se diretor-geral dos Correios e no mesmo ano foi indicado pelo então presidente da República Venceslau Brás para o cargo de interventor no estado do Mato Grosso.
Governou o Mato Grosso no biênio 1917-1918 até ser substituído pelo governador eleito Francisco de Aquino Corrêa. Em 1918 foi indicado pelo presidente Venceslau Brás para o cargo de ministro do Tribunal de Contas, cargo que ocupou por 20 anos, tornando-se um dos ministros a ter o maior tempo de Casa na história do TC. Foi vice-presidente da casa de 1934 a 1936. Entre seus principais trabalhos está a relatoria e parecer prévio das contas do governo de 1935. Também foi diretor-geral dos Correios da República.
Aposentou-se em 16 de julho de 1938 e residiu na cidade do Rio de Janeiro até falecer em 9 de janeiro de 1945. Foi casado com Emília de Almeida Soares, com quem teve dez filhos.