Min Thomaz Wallace da Gama Cochrane (1905-1908)

O ministro Thomas Wallace da Gama Cochrane nasceu na cidade de Santos, no estado de São Paulo, no dia 21 de novembro de 1861. Seu pai foi Ignácio Wallace da Gama Cochrane e sua mãe Marta Luisa Vieira Barbosa da Gama Cochrane. Após atuar em diversas áreas durante sua longa carreira, com uma maior atuação no alto escalão do executivo, chegou ao Tribunal de Contas, onde teve o fim de sua vida profissional.

Sua formação foi concluída em 1883, formando-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito do estado de São Paulo. Dentro de seu ambiente acadêmico revelou grande desenvoltura e exerceu o cargo de redator-chefe do Constitucional (órgão do Clube Constitucional Acadêmico).

No mesmo ano que se graduou e pelos dois anos seguintes, atuou na carreira jurídica como advogado. Em 1885, foi convidado, a pedido do Conselheiro Antônio da Silva Prado, a exercer o cargo de secretário no Ministério da Agricultura, Comércio e Obras Públicas, no qual permaneceu dando sua contribuição por sete anos. Em 1892, tornou-se oficialmente chefe de seção e diretor-geral do Ministério da Indústria.

Mais tarde, atuou como secretário de inúmeros ministros, como Rodrigo Silva, Serzedello Corrêa, dr. Antônio Olyntho dos Santos Pires, dr. Joaquim Murtinho, general Dyonisio Cerqueira, dr. Sebastião de Lacerda e marechal Jeronymo Jardim.

Dentre sua longa passagem pelo serviço executivo brasileiro, atuando principalmente em ministérios, no governo de Campos Salles foi convidado a ocupar o cargo de secretário da Presidência da República, o que lhe conferiu estimado prestígio.

Ao final de sua carreira profissional atuou representante do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas de 1901 a 1095, quando assumiu como ministro do Tribunal em 26 de setembro deste ano e permaneceu no cargo até 1910. Durante sua permanência no Tribunal, colaborou para a publicação de relatórios dos ministérios e de diversas comissões.

Thomas Cochrane faleceu ainda em atividade no TC, em 18 de outubro de 1910. Recebeu uma homenagem póstuma no dia 12 de julho de 1914, na qual fizeram-se presentes o Ministro da Fazenda, na época Sabino Alves Barroso Júnior, e os diretores do próprio Tribunal na sala de sessões, onde inauguraram o retrato desse emérito ministro e ressaltaram seus anos de serviços prestados ao Estado brasileiro.